11.1.06

O preço da "justiça"...

COMO se sabe houve, há uns tempos, umas centenas de estudantes de Guimarães que apresentaram atestados médicos de veracidade duvidosa.

Agora, ao fim de quatro anos e meio (!), o tribunal está a tentar descobrir se estavam doentes ou não.

Entretanto, para muitos, o problema resolveu-se logo na altura:

Os médicos que não quiseram maçadas só tiveram de pagar entre €250 e €1000, enquanto para os jovens foi feito um preço-de-estudante: pagavam €50 e não se falava mais nisso - e nem era preciso mostrar o Cartão-Jovem.

Só o facto de essa esperteza-saloia ter livre-curso, precisamente, no Berço-da-Nacionalidade é que dá que pensar...

3 Comments:

Blogger cãorafeiro said...

é revoltante como a desonestidade é premiada em portugal.

o que estes estudantes fizeram foi desafiar directamente a autoridade do estado, através de um meio completamente ilegítimo, o uso abusivo de atestados médicos.

o facto de ter demorado quase 5 anos a levar o caso a tribunal jé ridiculariza completamente o sistema de justiça e o sistema de ensino.

11 de janeiro de 2006 às 14:48  
Blogger Alhosvedrense said...

Enquanto este tipo de comportamentos não fôr repudiado pela maioria da população, não poderemos almejar um melhor futuro para Portugal! A cultura da 'Chico-Espertice' está demasiado entranhada, e mais grave ainda, é aceite e tolerada pela maioria dos portugueses. Afinal os exemplos são dados por 'pessoas de sucesso', sejam eles políticos, empresários... ou mesmo meros estudantes!
Também se poderia reflectir sobre que príncipios orientarão estes futuros licenciados em medicina e/ou noutras áreas quando iniciarem as suas carreiras? Valerá tudo para atingir o sucesso?
Questiono-me frequnetemente se este sempre foi o comportamento nacional ou se adquirimos tão 'elevada forma de estar e agir' nalguma altura específica da nossa existência...

11 de janeiro de 2006 às 14:51  
Anonymous Anónimo said...

Alhosvedrense,

Pois, e como diz o tal indivíduo do "Público" (aqui referido a propósito dos maus tratos a crianças), denunciar essas práticas é "bufaria"...

Ou seja: ele defende (tontamente) que «são problemas entre os infractores e as autoridades que os têm de reprimir, e nós não temos nada com isso». O problema está exactamente aí: será que não teremos??!

C.E.

11 de janeiro de 2006 às 15:23  

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