Um "post" curioso (*)
QUANDO penso que possa ser interessante transcrever aqui, e na íntegra, textos publicados na imprensa, procuro, previamente, pedir autorização aos respectivos autores - acto esse que me parece lógico e que refiro em rodapé.
No entanto, o que é natural para mim pode não o ser para todos:
http://hojehaconquilhas.blogspot.com/2006/10/boas-maneiras-ou-caganeira-roxah-um.html
(*) Texto de Tomás Vasques publicado no blogue «Hoje há conquilhas» e aqui transcrito sem que lhe tenha sido pedida autorização...
Etiquetas: CMR
16 Comments:
Se Tomás Vasques tinha essa dúvida e queria, DE FACTO, ser esclarecido, perguntava em "Comentário" a um dos textos em causa.
Assim, fica-se com a ideia de que ele apenas quis dar largas ao seu léxico escatológico, o que fica patente nas últimas palavras.
Ed
A parte escatológica do texto interessa pouco - é apenas um sinal dos tempos, e tem só o interesse (lateral) de situar quem o escreve.
Assim, vejamos o assunto na parte que verdadeiramente interessa:
Note-se que os originais dos textos em causa (que aqui são transcritos na íntegra e muitas vezes no próprio dia da sua publicação na imprensa) são pagos, pelo menos alguns deles. Não estando(também, pelo menos, alguns) disponíveis online, a sua transcrição no blogue poderia criar problemas aos responsáveis por este.
É natural que o "Sorumbático" tome essas precauções, tanto mais que tem entre os seus membros pessoas bem conhecidas nos meios do jornalismo - onde estas coisas são vistas de uma forma que não se coaduna com a ligeireza de que Tomás Vasques dá mostras.
O recurso a linguagem rasca costuma ter o efeito de pôr as pessoas a discuti-la, fugindo ao essencial.
Ora veja-se o seguinte exemplo:
(...)
-Você está a ser idiota!
-Você não fala assim comigo!
-Eu falo como quiser!
(...)
Como se vê, o primeiro interlocutor recorreu ao artifício de desviar a discussão, passando do "assunto discutido" à "forma como é discutido".
A partir daí, reza a experiência que a discussão nunca mais retorna ao que interessava, perdendo-se no acessório.
-
Mas não fugindo (também!)ao assunto:
No caso em apreço, parece ser perfeitamente correcto pedir as autorizações em causa.
Qual pode ser a "dúvida"?!
Por acaso também já tinha pensado no assunto.
Será que quando se compra o jornal, também se deve pedir autorização ao cronista, para mostar o artigo ao fulano do lado que não o comprou?
A atitude do dono do blog, faz lembrar um filme do Woody Allen, que ele (que tudo sabe) saberá qual é.
A indicação da autoria é, de facto, o B-A-BÁ nestas coisas. Não é só uma questão de educação; é uma questão de ética e, em certos casos, é mesmo obrigatório.
Quando se compra um jornal, uma revista ou um livro, claro que não se pede autorização para ler mas, se se quiser transcrever textos na íntegra (e é de TRANSCRIÇÃO INTEGRAL de textos que se está a falar), já se deve pedir, sim senhor.
Em alguns casos (nos livros, sucede em todos) até vem mesmo escarrapachada essa exigência.
O facto de, muitas vezes (ou em geral) isso não ser respeitado... é outra coisa.
Bernardo Moura,
A internet é um local privilegiado para dar largas à agressividade (em geral, ou quase sempre, a coberto de pseudónimos).
Dizem que faz bem à bílis e que ajuda a enfrentar outros problemas, mesmo os de cariz mais íntimo.
Ainda bem.
Há aqui 2 casos diferentes:
1º-Qualquer pessoa pode ir a um jornal online e fazer o copy/paste para o seu blogue.
Claro que não precisará de pedir autorização ao autor mas, se tiver essa atenção, não vem qualquer mal ao mundo.
Pelo contrário! O autor do texto, sabendo onde ele está, pode ir ver os comentários e até intervir.
2º-Outra coisa diferente são os textos "protegidos", publicados em jornais que entendem NÃO dever disponibilizá-los gratuitamente.
P. ex., ninguém pode (ou não deve...) ir à "versão paga" do Expresso ou do Público e fazer copy/paste para lado nenhum, a menos que tenha o acordo de alguém dessas publicações.
Bolas! Será preciso gastar tantos caracteres para explicar uma coisa que é do senso-comum?
R.M.S.
Caso dos LIVROS: todos os livros que aqui tenho dizem, logo a abrir, frases como:
«Não é permitida a reprodução total ou parcial (...) sem permissão prévia (...)»
Caso das REVISTAS: Todas as da ACJ, p.ex., dizem:
«Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos (...)»
-
Está nas "letras pequeninas", aquelas que quase ninguém lê e a que pouca gente liga. Mas não se poderá censurar quem o faça, mesmo que decida levar os escrúpulos mais longe do que o habitual, estendendo-os aos jornais.
Conheço o Medina Ribeiro há muitos anos e posso garantir que é um tipo fixe. Apenas não sabia que ele sofria de "caganeira roxa", uma doença rara provocada pela ingestão prolongada de conquilhas.
Julgo que tudo se resolve em bem se o Medina perguntar ao Marques da Conquilha que medicamento é que ele costuma tomar para atenuar os efeitos da caganeira roxa.
Jorge Oliveira
Em tempo : troquei o nome ao homem.
Não é Marques.
É Vasques da Conquilha.
Jorge Oliveira
Meu caro,
Como é óbvio, a menção da fonte é bastante para resolver a questão da autoria. No entanto, a publicação dos textos com a autorização dos respectivos autores, ainda que desnecessária do ponto de vista legal, é um gesto de cortesia que me parece bem. Se nós só fizéssemos aquilo a que a lei obriga, deixaríamos de dizer «Bom dia»! É que há outras leis não jurídicas que, pelos vistos, aquele senhor, a cujo blog o meu amigo deu uma publicidade, essa sim, desnecessária, ignora!
Um abraço,
JMF
Um artigo (note-se que não estamos a falar de livros) publicado num jornal, mesmo na parte reservada a assinantes é do domínio público.
É a mesma coisa que eu comprar o jornal e dá-lo ao parceiro do lado no comboio.
Claro que é de boa educação citar as fontes quando se usa o artigo no todo ou em parte.
O que o dono do blogue faz (ele que conhece todo o mundo dos jornais) é mostrar esses mesmos conhecimentos.
Não é por acaso que deve ser o português com mais cartas publicadas nas Colunas do Leitor.
Só batido (penso eu de que) por um tal Soares de Cascais.
Felizmente o ridículo não mata.
No que respeita exclusivamente ao post de Tomás Vasques (que deu origem a estoutro), dou o assunto por encerrado, no seguimento do simpático e-mail que ele hoje me enviou.
Caganeira roxa? O que significa isso? E em que terra é que se utiliza essa expressão?? Coisa tão estranha!
Caganeira roxa.... ora bem, as couves é sabido, facilitam o escoamento, logo, em excesso, presumo que dê caganeira. Será roxa a caganeira se a couve for roxa. Até nem era complicado de se perceber duhhh
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