20.10.06

Um "post" curioso (*)

QUANDO penso que possa ser interessante transcrever aqui, e na íntegra, textos publicados na imprensa, procuro, previamente, pedir autorização aos respectivos autores - acto esse que me parece lógico e que refiro em rodapé.
No entanto, o que é natural para mim pode não o ser para todos:

http://hojehaconquilhas.blogspot.com/2006/10/boas-maneiras-ou-caganeira-roxah-um.html

(*) Texto de Tomás Vasques publicado no blogue «Hoje há conquilhas» e aqui transcrito sem que lhe tenha sido pedida autorização...

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16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se Tomás Vasques tinha essa dúvida e queria, DE FACTO, ser esclarecido, perguntava em "Comentário" a um dos textos em causa.

Assim, fica-se com a ideia de que ele apenas quis dar largas ao seu léxico escatológico, o que fica patente nas últimas palavras.

Ed

20 de outubro de 2006 às 09:39  
Anonymous Anónimo said...

A parte escatológica do texto interessa pouco - é apenas um sinal dos tempos, e tem só o interesse (lateral) de situar quem o escreve.

Assim, vejamos o assunto na parte que verdadeiramente interessa:

Note-se que os originais dos textos em causa (que aqui são transcritos na íntegra e muitas vezes no próprio dia da sua publicação na imprensa) são pagos, pelo menos alguns deles. Não estando(também, pelo menos, alguns) disponíveis online, a sua transcrição no blogue poderia criar problemas aos responsáveis por este.

É natural que o "Sorumbático" tome essas precauções, tanto mais que tem entre os seus membros pessoas bem conhecidas nos meios do jornalismo - onde estas coisas são vistas de uma forma que não se coaduna com a ligeireza de que Tomás Vasques dá mostras.

20 de outubro de 2006 às 10:53  
Anonymous Anónimo said...

O recurso a linguagem rasca costuma ter o efeito de pôr as pessoas a discuti-la, fugindo ao essencial.

Ora veja-se o seguinte exemplo:

(...)

-Você está a ser idiota!
-Você não fala assim comigo!
-Eu falo como quiser!

(...)

Como se vê, o primeiro interlocutor recorreu ao artifício de desviar a discussão, passando do "assunto discutido" à "forma como é discutido".

A partir daí, reza a experiência que a discussão nunca mais retorna ao que interessava, perdendo-se no acessório.

-
Mas não fugindo (também!)ao assunto:

No caso em apreço, parece ser perfeitamente correcto pedir as autorizações em causa.
Qual pode ser a "dúvida"?!

20 de outubro de 2006 às 12:28  
Blogger fado alexandrino. said...

Por acaso também já tinha pensado no assunto.
Será que quando se compra o jornal, também se deve pedir autorização ao cronista, para mostar o artigo ao fulano do lado que não o comprou?

A atitude do dono do blog, faz lembrar um filme do Woody Allen, que ele (que tudo sabe) saberá qual é.

20 de outubro de 2006 às 18:36  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

A indicação da autoria é, de facto, o B-A-BÁ nestas coisas. Não é só uma questão de educação; é uma questão de ética e, em certos casos, é mesmo obrigatório.

Quando se compra um jornal, uma revista ou um livro, claro que não se pede autorização para ler mas, se se quiser transcrever textos na íntegra (e é de TRANSCRIÇÃO INTEGRAL de textos que se está a falar), já se deve pedir, sim senhor.

Em alguns casos (nos livros, sucede em todos) até vem mesmo escarrapachada essa exigência.

O facto de, muitas vezes (ou em geral) isso não ser respeitado... é outra coisa.

20 de outubro de 2006 às 19:20  
Anonymous Anónimo said...

Bernardo Moura,

A internet é um local privilegiado para dar largas à agressividade (em geral, ou quase sempre, a coberto de pseudónimos).

Dizem que faz bem à bílis e que ajuda a enfrentar outros problemas, mesmo os de cariz mais íntimo.

Ainda bem.

20 de outubro de 2006 às 19:29  
Anonymous Anónimo said...

Há aqui 2 casos diferentes:

1º-Qualquer pessoa pode ir a um jornal online e fazer o copy/paste para o seu blogue.

Claro que não precisará de pedir autorização ao autor mas, se tiver essa atenção, não vem qualquer mal ao mundo.
Pelo contrário! O autor do texto, sabendo onde ele está, pode ir ver os comentários e até intervir.

2º-Outra coisa diferente são os textos "protegidos", publicados em jornais que entendem NÃO dever disponibilizá-los gratuitamente.

P. ex., ninguém pode (ou não deve...) ir à "versão paga" do Expresso ou do Público e fazer copy/paste para lado nenhum, a menos que tenha o acordo de alguém dessas publicações.

20 de outubro de 2006 às 21:21  
Anonymous Anónimo said...

Bolas! Será preciso gastar tantos caracteres para explicar uma coisa que é do senso-comum?

R.M.S.

20 de outubro de 2006 às 21:24  
Anonymous Anónimo said...

Caso dos LIVROS: todos os livros que aqui tenho dizem, logo a abrir, frases como:
«Não é permitida a reprodução total ou parcial (...) sem permissão prévia (...)»

Caso das REVISTAS: Todas as da ACJ, p.ex., dizem:
«Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos (...)»

-
Está nas "letras pequeninas", aquelas que quase ninguém lê e a que pouca gente liga. Mas não se poderá censurar quem o faça, mesmo que decida levar os escrúpulos mais longe do que o habitual, estendendo-os aos jornais.

20 de outubro de 2006 às 22:24  
Anonymous Anónimo said...

Conheço o Medina Ribeiro há muitos anos e posso garantir que é um tipo fixe. Apenas não sabia que ele sofria de "caganeira roxa", uma doença rara provocada pela ingestão prolongada de conquilhas.

Julgo que tudo se resolve em bem se o Medina perguntar ao Marques da Conquilha que medicamento é que ele costuma tomar para atenuar os efeitos da caganeira roxa.

Jorge Oliveira

21 de outubro de 2006 às 07:20  
Anonymous Anónimo said...

Em tempo : troquei o nome ao homem.
Não é Marques.
É Vasques da Conquilha.

Jorge Oliveira

21 de outubro de 2006 às 07:29  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro,

Como é óbvio, a menção da fonte é bastante para resolver a questão da autoria. No entanto, a publicação dos textos com a autorização dos respectivos autores, ainda que desnecessária do ponto de vista legal, é um gesto de cortesia que me parece bem. Se nós só fizéssemos aquilo a que a lei obriga, deixaríamos de dizer «Bom dia»! É que há outras leis não jurídicas que, pelos vistos, aquele senhor, a cujo blog o meu amigo deu uma publicidade, essa sim, desnecessária, ignora!

Um abraço,
JMF

21 de outubro de 2006 às 13:59  
Blogger fado alexandrino. said...

Um artigo (note-se que não estamos a falar de livros) publicado num jornal, mesmo na parte reservada a assinantes é do domínio público.
É a mesma coisa que eu comprar o jornal e dá-lo ao parceiro do lado no comboio.
Claro que é de boa educação citar as fontes quando se usa o artigo no todo ou em parte.

O que o dono do blogue faz (ele que conhece todo o mundo dos jornais) é mostrar esses mesmos conhecimentos.

Não é por acaso que deve ser o português com mais cartas publicadas nas Colunas do Leitor.
Só batido (penso eu de que) por um tal Soares de Cascais.
Felizmente o ridículo não mata.

21 de outubro de 2006 às 19:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

No que respeita exclusivamente ao post de Tomás Vasques (que deu origem a estoutro), dou o assunto por encerrado, no seguimento do simpático e-mail que ele hoje me enviou.

21 de outubro de 2006 às 22:09  
Blogger Raquel Sabino Pereira said...

Caganeira roxa? O que significa isso? E em que terra é que se utiliza essa expressão?? Coisa tão estranha!

11 de julho de 2007 às 14:52  
Anonymous Anónimo said...

Caganeira roxa.... ora bem, as couves é sabido, facilitam o escoamento, logo, em excesso, presumo que dê caganeira. Será roxa a caganeira se a couve for roxa. Até nem era complicado de se perceber duhhh

17 de julho de 2007 às 21:37  

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