Os nossos e os outros
O PRESIDENTE Cavaco Silva foi a Budapeste comemorar os 50 anos do levantamento dos húngaros contra o regime comunista. Essa rebelião acabou esmagada pela invasão dos tanques soviéticos que haviam libertado os húngaros da ocupação nazi, uma década antes. Chamaram à efeméride revolução, mas não houve qualquer acto revolucionário no que ocorreu em 1956 na Hungria. Houve apenas muita gente, entre a qual muitos jovens, a lutarem pela liberdade.
Também agora milhares de manifestantes exigem nas ruas a demissão do primeiro-ministro socialista Ferenc Gyurcsany, um aldrabão confesso, que mentiu ao povo para ser reeleito e ainda por cima foi à TV gabar-se de o ter feito.
15 chefes de Estado e de governo, entre os quais o nosso, estiveram na capital húngara a homenagear os que há meio século lutaram contra o que já não existe. Todos fingiram que não sabem que hoje há quem lute contra um mentiroso que se serviu da democracia para enganar o povo. Os democratas de hoje serão piores do que os de 1956, ou as mentiras dos nossos são melhores do que as dos outros?!
Também agora milhares de manifestantes exigem nas ruas a demissão do primeiro-ministro socialista Ferenc Gyurcsany, um aldrabão confesso, que mentiu ao povo para ser reeleito e ainda por cima foi à TV gabar-se de o ter feito.
15 chefes de Estado e de governo, entre os quais o nosso, estiveram na capital húngara a homenagear os que há meio século lutaram contra o que já não existe. Todos fingiram que não sabem que hoje há quem lute contra um mentiroso que se serviu da democracia para enganar o povo. Os democratas de hoje serão piores do que os de 1956, ou as mentiras dos nossos são melhores do que as dos outros?!
«25ªHORA» - «24 horas» de 31 Out 06
Etiquetas: JL
1 Comments:
Os húngaros ainda estão na fase do "estranha-se", nós já estamos no "entranha-se".
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