11.1.07

A "graça" da tarde

Preparava-me para afixar a habitual anedota ilustrada de 1930, quando tropecei nisto, que também tem graça:

«DN-Economia» de 11 Jan 07
Não tenho nada contra o facto de o Director Geral dos Impostos ir à missa, desde que não o faça nas horas de serviço, nem misture o Estado nessas actividades. No entanto, lendo as notícias de hoje, parece que foi isso mesmo que sucedeu: uma «missa por acção de graças à sua Direcção Geral e aos funcionários do fisco». Vendo bem, teve graça, sim senhor...

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...é genial! - eu se fosse anjo,ia lá espantar-me, de boca aberta a ver as finanças deste pais a cair de joelhos, a pedir perdão, a encomendar ao senhor...

...mas será que já nada este pais poderá fazer senão rezar?...passada a gargalhada, eis a sombrancelha serrada de procupação...

god!

12 de janeiro de 2007 às 01:34  
Anonymous Anónimo said...

Não posso deixar de comentar este post do CMR, como é possivel alguem que se arma em justiceiro, defensor da moral e bons costumes, sempre pronto a apontar a injustiças deste mundo, vir aqui colocar um post desta natureza, por acaso o facto de ir missa tem algum mal? estar em puro gozo com este facto achando-o uma graça, até mete dó para quem pretende ser isento, assim se vê quem é este tipo de gente ...
Deixem as pessoas em paz e façam como eles qualquer coisa por este País ao invés de passar o tempo com larachas, e piadolas.

12 de janeiro de 2007 às 11:09  
Anonymous Anónimo said...

First we take Finanças

Then we take Everything


( ass. Pous Dei )

12 de janeiro de 2007 às 11:43  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Anonymous das 11h09m

Não costumo responder a anónimos, mas lá vai:

O que escrevi (e que mantenho)foi:

«Não tenho nada contra o facto de o Director Geral dos Impostos ir à missa, desde que não o faça nas horas de serviço, nem misture o Estado nessas actividades».

12 de janeiro de 2007 às 12:18  
Anonymous Anónimo said...

Foi graças ao Espírito Santo que, no ano passado, prescreveram mais de 200 milhões de euros de dívidas ao fisco?

Se foi, convém, de facto, rezar mais.

Ed

12 de janeiro de 2007 às 12:19  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Em tempo:

Reconheço, contudo, uma falha neste meu "post":

Se, como se suspeita, a missa foi nas horas de serviço e, portanto, paga pelos contribuintes, a palavra
"graça" está a mais. O assunto não tem graça absolutamente nenhuma.

O que sucede é que, às vezes (e este, para mim, parece ser um desses casos) o melhor é rirmos-para não chorarmos.

12 de janeiro de 2007 às 12:32  
Anonymous Anónimo said...

Há certas pessoas que não entendem o que significa a separação entre Estado e Igreja.
Se o Dr. Paulo Macedo o faz a título pessoal fora das horas de expediente e convida quem quiser não há nada contra.
Agora se o DGI o faz em nome de uma instituição do Estado nas horas de trabalho e usando recursos dessa instituição para organizar o evento então isso já é grave e não devia acontecer.

12 de janeiro de 2007 às 14:00  
Anonymous Anónimo said...

Laicidade semântica
Parece que há quem ache que a missa mandada celebrar pela DGCI não viola a laicidade do Estado. Mas se a encomenda de uma missa por um organismo oficial não infringe a laicidade, o que é que viola a laicidade!?
Como é possível aceitar esta situação de esvaziamento de conteúdo da separação entre o Estado e a religião, se não na base do mais rasteiro oportunismo político e falta do desrespeito pelos mais básicos princípios da República?
Parece que daqui a três anos vamos comemorar o centenário da implantação da República. Por este andar, mais apropriado será o Governo encomendar ao Cardeal Patriarca um solene requiem pela memória da República...

[Vital Moreira, no blogue Causa Nossa] 11.1.07

12 de janeiro de 2007 às 19:56  
Anonymous Anónimo said...

Pois! e também julgávamos que a Administração Pública era laica...
mas estavamos bem enganados...


A avaliar pela missa de acção de graças dos funcionários da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos convocada pelo Senhor Director Geral.
E que tal o DG da Economia organizar um laus perene pela competitividade das empresas portuguesas e pelo combate ao desemprego?
E que tal algum Director Geral das Finanças convocar uma procissão pelo fim do défice das contas públicas?

[Ana Gomes, em
http://causa-nossa.blogspot.com/] 10.1.07

12 de janeiro de 2007 às 19:59  
Anonymous Anónimo said...

Quanto mais santo desconfio... O anónimo que não achou piada a falar-se de missas que se vá confessar porque tem tantas culpas no cartório que se tem que se mostrar "puro". Cuidado que depois o padre usa.

12 de janeiro de 2007 às 22:41  

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