3.1.07

Que dois!

DE TODOS OS QUILOS DE PAPEL que li nestas três semanas das festas, lembro-me de Marcelo Rebelo de Sousa e de Pedro D’Anunciação.
Perder uma linha de Marcelo, entre o sorriso e o sério, nas páginas que polvilha, é ser tão perdulário como quem desperdiça os textos de Pedro D’Anunciação.
A prosa de Pedro D’Anunciação é vital, ou não nos trouxesse ele as melhores mesas, de Norte a Sul de Portugal, mais aquilo que foi relevante nas vidas daqueles que Deus chamados foram a servir, narrando façanhas, disfarçando fraquezas e, a propósito do óbito, revelando factos interessantes, como os que narrou acerca do defunto Gerald Ford, do seu chefe de gabinete Rumsfeld e das voltas que Washington deu com o 25 de Abril.
Pedro D’Anunciação e Marcelo Rebelo de Sousa , cada um à sua maneira, são o que há de bom na leitura de jornais. Depois, há quem se engane e quem nos surpreenda, o que não é a mesma coisa.
Marcelo e Pedro lembram-me um semanário que existiu na Duque de Palmela, esquina com a Brancamp, onde ambos alternaram na segunda página. Que dois! Que saudades!
«25ªHORA» - «24 horas» de 3 Jan 07

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