O ANIMAL LITERÁRIO

Um ponto central destes movimentos é a negação de alguma natureza humana inata. O homem seria uma «tabula rasa», na qual se inscreveriam as construções sociais. Mas a biologia, a linguística, as ciências da cognição e outras disciplinas têm vindo a mostrar, com dados cada vez mais convincentes, que existem características comuns, adquiridas por mecanismos evidenciados por Darwin, e que essas características dominam muito do comportamento humano.
Joseph Carroll, Jonathan Cottschall, David Sloan e outros críticos modernos têm vindo a defender que isso têm consequências importantes para a crítica literária e que se devem procurar nas narrativas os traços comuns que atravessam géneros, épocas e culturas. A beleza, o amor romântico, o conflito e outros temas insistentes da arte não serão, afinal, meras construções sociais.
Adaptado do «Expresso»Etiquetas: NC
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home