Depois da "percentagem negativa de grevistas"...
Capa e pág. 2 do «metro»
Se o número de mortes passar para zero, pode dizer-se, com toda a correcção, que elas «baixaram 100%».
Porém, para que baixem mais do que isso, é preciso que haja mortes negativas! Bem... se calhar, são os nascimentos em ambulâncias, no seguimento do fecho das maternidades.
Porém, para que baixem mais do que isso, é preciso que haja mortes negativas! Bem... se calhar, são os nascimentos em ambulâncias, no seguimento do fecho das maternidades.
Etiquetas: CMR
Afixado por: Carlos Medina Ribeiro às 19:25
8 Comments:
Trata-se de um erro frequente, mas grave. Pode desculpar-se num garoto que está a aprender percentagens, mas não num organismo oficial (e nem sequer no "Diário Digital", onde a notícia vem).
Se um determinado valor x passar para 4x, há, de facto, um aumento de 300%.
Mas a afirmação inversa não é verdadeira pois, se um valor passar de 4x para x, NÃO HÁ UMA REDUÇÃO DE 300%, mas sim uma "redução de 75%" (ou, se se quiser, "para 25%").
Também já tinha lido o disparate, afixei no meu blog nos "Pratos do dia" com o devido comentário e aguardo reacções. Ri-me para não chorar.
Abraço
Nesta informação socrática, a exemplo do foram que os comentários governamentais à greve, parec que vale tudo.
Aliás, os argumentos políticos utilizados, justificam os meios pelos fins (anunciados).
Ultimamente, também gostei daquela, a propósito da míuda inglesa desaparecida : procura-se homem de 1,75 cm de altura.
A revista «ÚNICA», de 26 de Maio, também falava de uma sra. com 1,62cm de altura e que usava uma pistola com 635mm de calibre.
Estive para meter a imagem aqui, mas depois achei que não valia a pena...
Neste caso, o que se pretendia dizer é que baixou uma média anual de 27.27%, durante 11 anos.
(ou uma média mensal de 2.27% durante 11 anos? - que dá outros resultados).
Claro que estas médias / acumulacões de taxas, não fazem nenhum sentido, a não ser que os valores sejam muito regulares.
Ás taxas não se deve aplicar médias (deve-se é calcular as taxas das médias) ou então usar a média geométrica.
Como muito bem sabem os comerciantes que fazem saldos (ou quem se aproveita deles), um preço "dificilmente" (?) baixa mais do que 100%...
Nessa situação-limite, o artigo é dado.
Se baixa mais do que 100%, quer dizer que o comerciante dá o produto e ainda paga ao freguês.
Se souberem onde os há, avisem-me!
A ministra da Educação não deveria propor um exame ao pessoal do jornal?
Onde é que esta gente aprendeu matemática?
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