28.6.07

Um tetra-problema no País do Faz de Conta - Proposta de discussão

Esta notícia, publicada ontem em vários jornais, trata de um assunto de Lisboa. No entanto, como é paradigmática de uma certa forma - muito portuguesa - de actuar, aqui fica à consideração dos leitores:

Recapitulando:
1-Quando a CML decidiu colocar 21 radares em certas zonas da cidade, surgiu logo um primeiro problema: a DT da PSP não foi tida nem achada.
2-Pouco depois, surgiu um segundo problema: era preciso calibrá-los... Foram então retirados e mandados para calibração.
3-Entretanto, surgiu um terceiro problema: para que "a coisa" funcione legalmente, é preciso o parecer favorável da CNPD.
4-Como "a coisa" não anda nem desanda, a CML prepara-se para começar a emitir multas mesmo sem essa autorização, dando origem, como se está mesmo a ver, a um quarto problema: as coimas serão ilegais, e só as pagará quem quiser.
Pergunta-se:
Será, de facto, assim? Quem quer comentar este assunto?

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9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isto diz tudo:

«O presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) disse ontem à Lusa que ainda está por esclarecer se esta entidade precisa de autorizar o funcionamento dos radares de velocidade em Lisboa, remetendo para Julho uma resposta».

D. R.

28 de junho de 2007 às 18:08  
Anonymous Anónimo said...

Desde a CML até à CNPD, a incompetência prolifera e ganha raízes fundas.

Isso, só por si, podia não ser grave. O pior é que temos de pagar o ordenado e as mordomias a toda essa caterva de incompetentes.

Ed

28 de junho de 2007 às 18:10  
Anonymous Anónimo said...

Bem ou mal, o sistema pretende salvar vidas, reduzindo a velocidade em sítios perigosos.
Toda a incompetência que este episódio revela traduz-se, necessariamente, em gente que morre.

Como é que isso não tira o sono a essa gente?

E entretanto a DT da PSP o que é que faz, além de passar a vida a chorar e a queixar-se de que "não tem meios"?

28 de junho de 2007 às 18:13  
Anonymous Anónimo said...

O escândalo das reformas na Câmara de Setúbal:

«O relatório da IGAT sobre o caso das alegadas reformas fraudulentas de funcionários da Câmara de Setúbal, que já foi entregue ao executivo camarário, propõe a dissolução da autarquia comunista. PCP e PSD vão inviabilizar a proposta e segurar a câmara»

--
Vale a pena ler o resto em:

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=42335

28 de junho de 2007 às 19:34  
Anonymous Anónimo said...

Continuamos a ser os estúpidos! Sempre os estúpidos! Não tarda as gentes de Lisboa vão estupidamente votar (eu incluído) nuns totós (será que posso dizer isto sem ir a tribunal e preso e torturado e sei lá que mais? eu arrisco) que de totós não têm nada e, tanto os que ganham como os outros, só fazem de nós mais estúpidos.
Podia votar em branco. Mas isso na prática já foi subvertido como indicador de quem não se interessa pelo assunto, como se fosse um mero abstencionista.
O eleitorado para a classe política em geral vale o mesmo que um cliente anónimo e pouco importante de uma qualquer gigantesca empresa; ou seja, nada. As câmaras têm a possibilidade de ditar as suas leis independentemente das que já existem emanadas do governo do país? Parece que já tudo é possível. Também continuamos a pagar IVA sobre o IA que, incompreensivelmente, já pagamos. É a Ota? Seja... mas juntem mais um e faz-se outro em Alcochete. Ficamos mais bem servidos. E passaremos a dizer: À grande e à portuguesa!

Mas as aparências valem tudo e enganam todos. Estamos condenados a este marasmo e os media só "desajudam" com o seu fantástico ideal permanente de sensacionalismo.

É melhor não pensar ou escrever mais nada e sonhar com campos verdejantes ou em possíveis férias na neve ou na praia. (Pelo menos enquanto ainda temos direito a férias.)

28 de junho de 2007 às 20:07  
Anonymous Anónimo said...

Sepulveda, talvez possa chamar totós mas não pense em chamar palermas, senão tem dúzias de deputados atrás de si...
e faz bem em ir votar. Eu vou mesmo correndo o risco de vir a ser acusado de ter a culpa.

28 de junho de 2007 às 20:20  
Anonymous Anónimo said...

Já tinha conhecimento desta infeliz ideia.
É mais uma a juntar à "colecção".
Alguém quer ficar com a "colecção", ofereço-a mas não sinto que esteja a oferecer um bom presente.
Abraço

28 de junho de 2007 às 21:12  
Anonymous Anónimo said...

Continuamos a ser uma máquina de criar problemas, para depois ver se conseguimos resolvê-los, ehehehheh

28 de junho de 2007 às 21:39  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

JAM,

Uns patuscos de uma empresa que eu conheci diziam, na brincadeira:

«A concorrência cria soluções para os problemas. Nós criamos problemas para as soluções!»

28 de junho de 2007 às 21:45  

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