30.7.07

«ACONTECE...»

... mas não devia acontecer!

Por Carlos Pinto Coelho

NO PRÓXIMO DIA 19 de Setembro o Panteão Nacional vai receber os restos mortais do grande escritor Aquilino Ribeiro. Esperemos que, ao menos nessa data, já tenham sido corrigidos dois escandalosos erros de português inscritos em dois túmulos e que lá continuam hoje:
1. No túmulo do Presidente Carmona, o seu segundo nome ÓSCAR foi minuciosamente escrito sem acento: "Oscar". É verdade, acreditem!!
2. Mais recentemente, o túmulo do Gen. Humberto Delgado sofreu idêntico crime. Diz-se lá que ele foi candidato à PRESIDÊNCIA da República. Mas o que lá se lê é "Presidencia"!!!
Que diabo! Quem esculpiu aquilo teve MESES para escrever correctamente em bom português. E nem com tempo!
Até no Panteão, credo!!!
Pobre Aquilino, se ele souber, recusa-se a entrar!!

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15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Credo, Carlos! É MESMO verdade? A próxima vez que for a Lisboa, juro que vou ver com este meus dois olhinhos...

30 de julho de 2007 às 17:26  
Anonymous Anónimo said...

Se calhar era por isto que havia quem dissesse que Aquilino não devia ter "assento"... no Panteão!

30 de julho de 2007 às 17:33  
Anonymous Anónimo said...

Quando, numa noticia da televisão se ouve no espaço de 1 (um) minuto, locutores e médicos, dizer: vacinas; vácinas e bácinas. Quando o passado do verbos deixou de existir (diz-se e escreve-se ganhamos em vez de ganhámos, pegamos em vez de pegámos, etc.), o que será que se pode esperar?

30 de julho de 2007 às 17:36  
Anonymous Anónimo said...

Na minha terra, o Porto, é que não há nada a fazer:
O "andamos" pronuncia-se "andámos", tal como o "oito" se pronuncia "óito".

Talvez para compensar, o "18" pronuncia-se "dezôito"...

30 de julho de 2007 às 18:01  
Anonymous Anónimo said...

Vejam lá se não escrevem Aquelino, pois já nada me admira nestas questões português falado e escrito. Ainda bem que o CPC e alguns mais.

30 de julho de 2007 às 19:10  
Anonymous Anónimo said...

Sáíu truncado o comentário: ainda bem que existem o CPC e alguns mais

30 de julho de 2007 às 19:11  
Anonymous Anónimo said...

Confesso-me meio-cobardolas como a maioria dos frequentadores de blogues e por isso vai esta no anonimato. Mas o meu comentário é altamente impopular e o mais normal é que me venham aqui insultar. Por causa do seguinte:
Então não é absolutamente natural que haja erros de português num Panteão dito Nacional que alberga a analfabeta que foi a senhora Amália Rodrigues? Fica tudo a condizer, não é? Local de culto das Letras, do Heroísmo e da grande Política? Com Amália pelo meio? Ora credo, como diria o CPC.
(Eu bem preveni... Isto vai dar molho...)

30 de julho de 2007 às 19:29  
Anonymous Anónimo said...

Tinha de vir um cota "anónimo" para a conversa. Reaças e meio-cobardolas, como ele próprio reconhece! Se o Pacheco Pereira ler o que ele escreveu, pula de alegria. Viva a Democracia!

30 de julho de 2007 às 19:39  
Anonymous Anónimo said...

Ó Roberto, estavas à coca, hein? Eu não dizia que vinha aí insulto? Ao menos fiquei bem acompanhado na cuspidela, ao lado de Pacheco Pereira, que muito respeito. Viva a Democracia!

30 de julho de 2007 às 19:43  
Anonymous Anónimo said...

Viva a Democracia? Tu, meu palhaço? Amália era e continuará sempre a ser do POVO, entendes? E o Panteão é casa do POVO, sabes o que isso quer dizer, ó reaças??

30 de julho de 2007 às 19:59  
Anonymous Anónimo said...

É a primeira vez que leio insultos neste blog. Parece que, a tolerância e o respeito pelos outros, é algo que certas pessoas não conseguem interiorizar.

30 de julho de 2007 às 21:46  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Manuel Fernandes,

Em 31 meses (a que corresponderam cerca de 5000 posts e outros tantos comentários), não apareceram mais do que 3 insultos, uma média bastante invejável para o que se vê por essa blogosfera!

30 de julho de 2007 às 22:31  
Blogger R. da Cunha said...

Ainda bem que o nível deste blog, que "descobri" recentemente (aliás, também sou recente nestas coisas), tem um nível de insultos muito baixo. Entendo, até, que tal nível deveria ser de zero e não como se verifica noutros locais, em princípio, frequentáveis, mas que estão abertos a "comentadores" habituais pouco recomendáveis, precisamente por manterem entre si diálogos de baixo nível e a que a eles interessa.

30 de julho de 2007 às 23:20  
Blogger Bárbara said...

É de facto lamentável que também nas salas tumulares do Panteão Nacional se cometam os horrores linguísticos que, infelizmente, são cada vez mais frequentes um pouco por todo o país. Obrigada CPC pelo teu delicioso artigo! Mas e o que dizer da circunstância anedótica de ter sido precisamente a «palavra» que mais pessoas juntou no Panteão, ainda por cima à noite, e não propriamente em homenagem a Almeida Garrett, João de Deus ou Guerra Junqueiro? Pois é, as poções mágicas do menino Harry levaram uma multidão à dita «casa do POVO» (que expressão tão infeliz), e eu, que lá estive nessa noite em trabalho, fiquei com a sensação de que grande parte dela nunca tinha posto os pés no Panteão e se está nas tintas para as ilustres figuras “que conjugaram a genialidade com o bem-comum”. (A propósito, alguém me explica como é que Amália Rodrigues ou Aquilino Ribeiro se enquadram nesta definição?) Não é, portanto, de espantar que muitos portugueses se borrifem para a Língua Portuguesa e não dêem pela diferença fundamental que um acento pode fazer a uma palavra. Não é um sintoma dos tempos, é pura ignorância, é puro desinteresse pela História e Cultura portuguesas! Só espero que o IPPAR leia o Sorumbático e mande alguém corrigir aqueles erros ortográficos, de preferência tão depressa como autorizou o lançamento de Harry Potter e a Ordem de Fénix. E já agora... ensinem às crianças que vão às «ditas sessões de leitura infantil» no Panteão (uma das desculpas para se ter autorizado o evento Potter) a escrever bom português.

31 de julho de 2007 às 01:23  
Anonymous Anónimo said...

Bom aviso do CPC e do Sorumbático! Sou optimista e acredito que o IPPAR vai corrigir rapidamente os erros das inscrições, no Panteão. Já agora, seria bom que também ministérios e câmaras municipais mandassem pôr os acentos que por vezes faltam nos nomes que estão à entrada de alguns serviços públicos. Ah! e um acento nos carros da "policia" que circulam por aí (no primeiro"i", claro!), vinha mesmo a calhar.Uma forcinha de todos, e a língua portuguesa agradece.

31 de julho de 2007 às 16:53  

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