1.9.07

OS POBRES QUE PAGUEM A CRISE!

Por Alfredo Barroso
O ESTADO de completa devastação ideológica em que se encontra o PS pode ser avaliado pelos resultados obtidos ao cabo de dois anos de governação. Empenhado em meter o país nos eixos, o Executivo chefiado pelo sempre severo e temível engenheiro Sócrates cometeu uma proeza (in)digna de qualquer partido socialista que se preze: uma redução rápida e brutal do défice do orçamento do Estado e uma subida vertiginosa das desigualdades sociais; um aumento algo pindérico da taxa de crescimento do PIB e uma diminuição bastante significativa do poder de compra dos trabalhadores. Mais: enquanto o desemprego se situa a um nível muito alto e a precariedade se generaliza, as grandes fortunas prosperam, tendo crescido 35,8 por cento em relação a 2006. Um escândalo. Se estes são resultados dignos de um governo socialista, vou ali e já venho.
BEM PODEM tentar desqualificar-me, chamando-me «esquerdista», «demagogo» e «populista». Os números são bastante claros, não fui eu que os inventei. «Esquerdista» é o Instituto Nacional de Estatística, «demagogo» é o Instituto do Emprego e Formação Profissional, «populista» é o Eurostat. O certo é que as diferenças de rendimentos entre ricos e pobres, em Portugal, atingiram uma dimensão inédita, batendo um novo record: ao contrário da tendência que se regista na União Europeia, o fosso salarial entre ricos e pobres alarga-se e situa-se, agora, duas vezes e meia acima da média comunitária. Além disso, Portugal é o país europeu que menos investe em segurança social. O desemprego de longa e muito longa duração cresceu assustadoramente e já representa quase metade do total de 470 mil desempregados. Há 250 mil desempregados com menos de 35 anos e 124 mil com mais de 44 anos. O PS bem pode limpar as mãos à parede.
PARECE ABSURDO que o combate à crise económica e financeira, levado a cabo por um governo pretensamente socialista, em nome dos superiores interesses do país, resulte em maiores desigualdades sociais, mais precariedade, mais desemprego e mais pobreza, ao mesmo tempo que as grandes fortunas aumentam vertiginosamente. Mas, como dizia Napoleão, «em política, o absurdo não é um obstáculo». Não se contesta o papel crucial da propriedade privada e do capital no desenvolvimento de uma sociedade aberta, livre e democrática. Mas é legítimo perguntar que contribuição têm dado os mais ricos para combater esta crise tão grave. Queixam-se de que o Estado os estrangula, mas a verdade é que as suas fortunas crescem a olhos vistos, ao mesmo tempo que as classes médias empobrecem e os trabalhadores sofrem os efeitos da técnica da banda gástrica que este Governo decidiu aplicar-lhes para lhes reduzir o apetite. O que é indecente.
É VERDADE que a devastação ideológica que se verifica no PS remonta ao tempo do inefável engenheiro Guterres. Mas o «pico do incêndio» só foi atingido agora, sob a égide do intratável engenheiro Sócrates. A perda de quaisquer estímulos ideológicos na luta política gerou um vazio ao nível das ideias, das convicções e dos princípios, dando lugar a uma nova classe de políticos mais sensíveis a motivações materiais, a interesses pessoais e de poder. Foi a vitória do sentido de oportunidade (para não lhe chamar outra coisa mais feia) e do pragmatismo sem princípios.
AS CHAMADAS «práticas clientelares» (mais evidentes ao nível autárquico) e de «governo paralelo» (das grandes empresas e interesses financeiros) impõem-se, hoje, aos partidos do «bloco central». Por isso, não espanta que a passagem do poder do PSD para o PS (e vice-versa) não seja mais do que «saltar do lume para a frigideira». Dizem as boas línguas que o Governo do engenheiro Sócrates tem feito «reformas muito corajosas». Eu, que sempre fui má-língua, limito-me a perguntar: é preciso coragem para exigir aos pobres que paguem a crise?!
«Sol», 1 de Setembro de 2007

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31 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ainda temos o Cristiano Ronaldo, atenção!

1 de setembro de 2007 às 10:19  
Anonymous Anónimo said...

Até que enfim que começa a aparecer gente do PS a dizer umas verdades!

1 de setembro de 2007 às 12:11  
Blogger António Viriato said...

Finalmente, começa a ouvir-se pensamento autónomo e objectivo na família socialista, que se deixou cair a um estado de quase inanição reflexiva ou de devastação ideológica, como lhe chama Alfredo Barroso, que tem aqui um excelente artigo, como há muito não se enxerga, na produção cronística das mais afamadas figuras do PS.

Nem Soares, que deve ter esgotado a sua verve anti-neo-liberal com GW Bush, como no passado a prodigalizou em Cavaco, nem Manuel Alegre, que já quis ser a consciência crítica do PS, mas que hoje não vai além de um surdo criticismo, de equilíbrio precário e, sobretudo, inconsequente, improdutivo.

Foi preciso vir António Arnault, lá das profundezas da Maçonaria, dizer o óbvio, para que algumas, ainda mui escassas, consciências socialistas acordassem do sono letárgico em que Guterres e Sócrates as colocaram, há mais de uma década.

Onde páram aqueles que tanto se saracoteavam, cheios de indignação, contra o malfadado economicismo cavaquista, com a sua visão estreita, desumanizada dos problemas da Nação, como repetidamente proclamavam ?

Enfim, esperemos que, como A. Barroso, comecem a abandonar a sua cumplicidade ignominiosa com Sócrates, para utilizar aqui um termo do seu gosto particular, como grande apreciador de Camilo que AB sempre foi.

1 de setembro de 2007 às 12:45  
Anonymous Anónimo said...

Gostei de ler o seu artigo. Concordo com a sua análise, quase completamente. Este governo consegue ser mais nefando do que o governo cavaco, nos (felizmente) idos dos anos 90. E o povo português, com mais esperteza do que inteligência, juntou-os agora lá os dois. Que "cruelincidência"! Quem é que quer viver assim? E, não obstante, os números (provavelmente manipulados a gosto) estatísticos apoiam (ainda?!) este "socretino" governo...

1 de setembro de 2007 às 13:05  
Anonymous Anónimo said...

«...os números (provavelmente manipulados a gosto) estatísticos apoiam (ainda?!) este "socretino" governo...»

Trata-se do «do mal, o menos» (o eterno consolo dos medíocres), pois PSD e CDS estão, actualmente, sem qualquer credibilidade.
Graças a isso, Sócrates voltará a ganhar as eleições.
Não se prevê que venha a ter nova maioria absoluta, mas talvez - quem sabe? - o BE dê uma ajudinha.

Ed

1 de setembro de 2007 às 13:14  
Anonymous Anónimo said...

Bem... este artigo é das coisas mais "potentes" que foram escritas nos últimos tempos.
Está de parabéns o Alfredo Barroso. Excelente!
Jorge Oliveira

1 de setembro de 2007 às 16:09  
Anonymous Anónimo said...

É de louvar este artigo bem esgalhado de Alfredo Barroso. Mas onde estão as intervenções dos restantes intelectuais e democratas em geral, na denúncia deste chiqueiro governativo? Onde está aquele que de peito aberto afirma, "a mim ninguém me cala".

Pobre portugal

1 de setembro de 2007 às 16:51  
Anonymous Anónimo said...

É saudável e importante que pessoas ligadas ao PS comecem a falar com cabeça fria. Alfredo Barroso faz uma análise importante e inteligente da situação. Esperemos que outras vozes apareçam e, mais que vozes, actos.
De facto, a coragem de Sócrates, que Alfredo Barroso refere, é a coragem dada pelo poder, ou seja, a coragem de bater nos fracos,
a coragem que o não é. Coisa miserável e feia.

1 de setembro de 2007 às 17:01  
Anonymous Anónimo said...

Ouve-se e escreve-se cada vez mais:
"Eu sou responsável por ele (Sócrates) ter sido eleito.
Foi para isto que votei PS ?"

É triste!

Porque o homem é um covarde!

Aos mais fortes - os ricos - diz ámen
Aos mais fracos - os outros - diz que são precisos sacrifícios

Face ao estado em que estão os outros partidos - miserável - as próximas eleições serão um decalque das eleições para a C.M.Lisboa

1 de setembro de 2007 às 18:50  
Blogger maria said...

Ainda acreditei que eram necessários os sacrifícios para resolver a crise e ter melhores dias... mas começo a pensar que as opções tomadas pelo estalinista Sócrates podiam ter sido outras. Não estou a ver solução para o nosso caso.

1 de setembro de 2007 às 19:10  
Anonymous Anónimo said...

Sócrates entrou para a política pela mão do PSD (JSD), subiu mediaticamente pela mão da TV (como Santana e Marcelo, aliás) e chegou a Primeiro-ministro pela mão de uma gigantesca mentira.

Em seguida, correu com quem lhe pudesse fazer sombra e fez-se rodear de PCs reciclados e de uma série de ministros-anedotas que, por contraste, permitem que brilhe.

Pelo caminho, ficámos a saber que é pessoa para se arrogar qualificações que não tem (ainda antes da bronca do "eng.º" já se dizia "licenciado", também sem o ser).
Para os seus indefectíveis apoiantes está tudo bem, pois certamente são pessoas que fariam o mesmo.

1 de setembro de 2007 às 21:32  
Anonymous Anónimo said...

A mim, o que verdadeiramente me aterroriza em José Sócrates é a sua brutal incultura. Como criatura dos media que é, é só superfície; e as piores asneiras que faz, longe de constituírem elementos duma qualquer hábil conspiração, são puras e simples manifestações de ignorância.
Veja-se por exemplo a recente proibição de que sejam divulgadas transcrições de escutas telefónicas mesmo depois de expirar o segredo de justiça: até aposto que o homem tomou esta medida sinceramente convencido de que estava a proteger a privacidade dos cidadãos. Mas como não faz ideia do que é a democracia, e muito menos da arquitectura de leis e de princípios em que a democracia se sustenta, não viu que assim estava a impedir os cidadãos de fiscalizar a justiça.
Na educação, aposto que nunca lhe passou pela cabeça que o que estava em causa era a transmissão dum património cultural, científico e artístico duma geração para a outra. Património? Que é isso? Nem tem, a bem dizer, uma filosofia educativa. tem uma política educativa, sim, mas essa é a que resulta do compromisso com o défice . Se por acréscimo for possível seguir as recomendações do Dr Miguel de Sousa Tavares e dos motoristas de táxi que pensam como ele, tanto melhor: sempre são mais alguns votos nas próximas legislativas.

1 de setembro de 2007 às 21:58  
Blogger irmã lúcia said...

Aflige-se que as medidas que por vezes estão certas não sejam negociadascom as partes interessadas, veja-se o que aconteceu com o PRAce: alteração das leis orgânicas.

1 de setembro de 2007 às 23:09  
Anonymous Anónimo said...

Os reformados e pensionistas que paguem a crise dos grandes empresários.
Vejamos:
A dedução específica dos rendimentos daqueles contribuintes era de 8121 euros para os rendimentos de 2004, passou para 8283 euros em 2005 e para 7500 euros em 2006. Isto é, de 2005 para 2006 um casal de reformados viu a sua dedução diminuida em 1556 euros e, logo, o seu IRS aumentado em proporção.
Classe média, em Portugal? Deve ser uma espécie em vias de extinção e nem os ecologistas (não os verdeeufémios) se revoltam!

1 de setembro de 2007 às 23:58  
Blogger R. da Cunha said...

Como sempre, bem "esgalhado"! Há que ouvir vozes avisadas como esta, sem medos, sem peias. Mas quem não o pode fazer, faz o quê? Come e cala? Não estou a gostar do que se está a passar, em várias áreas. O que vai valendo ao Governo é o estado da oposição, mas não parece que tal seja bom para o país.

2 de setembro de 2007 às 00:04  
Anonymous Anónimo said...

Gostei bastante deste artigo.
Claro que, infelizmente, ainda poderiam ser referidas muitas mais falhas e muitos mais defeitos da personalidade em destaque.
Melhores tempos virão?

2 de setembro de 2007 às 01:49  
Anonymous Anónimo said...

Poderíamos dizer que ao virar à direita o PS deixava livre à esquerda um espaço que, em democracia, teria fatalmente que ser preenchido.
O problema é que o mundo ocidental já não vive em democracia há pelo menos 20 anos - desde o golpe de Estado à escala mundial levado a cabo pelos media e pelas grandes empresas que levou à sua completa tomada do poder.

2 de setembro de 2007 às 10:19  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

1-A minha mulher é funciona'ria pública, tem um ordenado de cerca de 1000 euros, e o Estado desconta-lhe o IRS que entende.
Tudo bem, sempre assim foi.

2-Eu sou pensionista, e sucede o mesmo comigo.

3-Não temos mais rendimentos

Ora, este ano, quando esperávamos o habitual reembolso do IRS, recebemos um aviso para PAGAR... mais de 800 euros.
Entrei em pânico, e fui às Finanças pedir explicações.

Disseram-me que é mesmo assim, e que está a haver inúmeras reclamações semelhantes. E que estejamos preparados, pois em 2008 ainda pagaremos mais!

A explicação que deram foi que a CGA não "actualizou" os descontos no IRS, não aplicando as directivas governamentais de aumentar os impostos dos pensionistas!
___

Deve ser isso, pois, a tal promessa de não aumentar impostos.
Seja. Façam como quiserem, que parece que o povo gosta.
Mas, se puderem evitar (pelo menos de vez em quando) a palavra "socialista" associada às vossas práticas, talvez não me custasse tanto...

2 de setembro de 2007 às 12:41  
Anonymous Anónimo said...

Impressionante!
Muito mau, mesmo mau.
Dá vontade de dizer muitos palavrões mas ainda não cheguei ao ponto Jardim.

2 de setembro de 2007 às 17:27  
Blogger R. da Cunha said...

De facto, aparentemente, os impostos directos, nomeadamente o IRS, não aumentaram. A retenção na fonte manteve-se, quer para activos, quer para reformados. Porém, como a dedução específica diminuiu, o resultado final é o mesmo, com uma diferença: durante o ano não nos apercebemos do aumento (que não houve), mas na hora do reembolso habitual, há que pagar. Isto é hipócrisia do mais elevado calibre. Só me espanto é que haja tão poucas reacções públicas. É certo, creio, que a 2ª. fase do IRS ainda não terminou, pelo que é de aguardar...

2 de setembro de 2007 às 18:30  
Anonymous Anónimo said...

Politicamente sou uma daquelas aves raras, a que nas eleições, se pode chamar trauliteiros, razão pela qual nunca acerto. Votei uma vez Cavaco, a seguir Guterres, depois Barroso e por último Sócrates. Nas próximas, se ainda cá estiver, desculpem-me a abreviatura, em princípio votarei na PQP. Nunca simpatizei com o AB, não sei porquê, nunca me fez mal nenhum, nunca falámos, nunca estivemos frente a frente, não frequentamos os mesmos ambientes, há aquela antipatia que se gera em relação às pessoas e que nem nós sabemos explicar. Este é o segundo artigo do Alfredo B que li, com prazer, confesso. Há uns tempos a esta parte pensava, que em Portugal, os políticos de outra geração se tinham acomodado à leitura, a observar o país através do visor da TV como se o que se passa aqui fora não fosse nada com eles, ou seja, para esse peditório já tinham dado há trinta e tal anos atrás. Mais uma vez me enganei. Ainda bem que não sou analista, se bem que, sem essa qualidade, haveria uma forte e suficiente razão para ter acesso a um bom tacho neste governo. Dr. Alfredo Barroso, apenas desejo que não lhe doa o punho com que escreve e, as pressões partidárias não o afectem de modo a que nos continue a brindar com estes artigos, valha-nos ao menos a velha guarda. “De esquerda não é aquele que ostenta um cartão que o identifica como tal e, devido ao seu passado, se julga guardião de uma ética e valores que, em seu entender, lhe confere o direito e a imunidade necessária à proibição das críticas resultantes das suas presentes acções. De esquerda é aquele que, sempre que a situação o exige, se apresenta em defesa dos valores em que sempre acreditou”.

Cansado e desiludido

2 de setembro de 2007 às 18:40  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

R. Da Cunha,

Sim, também me explicaram essa da "dedução específica".

Para o ano (disse-me a funcionária das Finanças) ainda vai ser pior...

2 de setembro de 2007 às 20:20  
Anonymous Anónimo said...

Ainda em relação ao IRS, este ano tive igualmente uma má surpresa.
Também sou funcionária pública e todos os anos, devido aos beneficios fiscais dos PPR tenho reembolsado algum dinheiro (mais de 500 euros). Este ano e apesar de ter feito o dito PPR fui obrigada a pagar mais de 1000 euros!!!
G. Noronha

3 de setembro de 2007 às 09:53  
Anonymous Anónimo said...

Como diz atrás o CMR:

Se este governo não se chamasse a si próprio "socialista", a gente até engolia estas e outras coisas!

Assim, custa um bocado mais, com a agravante da total falta de legitimidade para estas sacanices, na medida em que votámos nele, precisamente, por ter prometido o oposto!

3 de setembro de 2007 às 10:04  
Blogger GMaciel said...

"(...) é preciso coragem para exigir aos pobres que paguem a crise?!"

Se mais palavras não houvessem, entre tantas ditas, bastariam estas. Esmagadoras!!!

3 de setembro de 2007 às 15:47  
Anonymous Anónimo said...

Muito gostaria de deixar um comentário de apoio e concordância com o que A.B. escreve.
Mas parece-me que está tudo dito, e o que não está é melhor calar, para não começar a escrever aqui uma série de impropérios...

4 de setembro de 2007 às 12:18  
Anonymous Anónimo said...

Para além da usurpação da palavra "socialista" por parte dos que actualmente mandam no PS, parece-me grave a total falta de sensibilidade humana de que é exemplo máximo o ministro da saúde.

Outros (como os do Ambiente, da Agricultura, do MAI e das Obras Públicas) são simplesmente "piadas" quem andam por lá.

4 de setembro de 2007 às 12:24  
Anonymous Anónimo said...

Custa a crer o estado a que o governo socialista chegou. As grandes empresas, o capital, sao necessarios, até um certo ponto. Nao consigo compreender como empresas em que o trabalho precario, pago a salario minimo, é recorrente ajudam a economia do pais. Revolta, é o que sinto quando é pedida a opiniao a individuos como Belmiro de Azevedo quais devem ser os caminhos a tomar pelo pais. Parte da banda gastrica aplicada aos pobres é aplicada indirectamente pelo governo ao aceitar que tais empresas explorem os portugueses. Empresas essas que usufruem de beneficios fiscais. Uma ideia bem socialista, que tal apertar o cinto a companhias como a Sonae e deixar os pensionistas em paz? Depois do fascismo uma outra especie de ditadura, a economica. Qual a mais degradante...

4 de setembro de 2007 às 14:06  
Anonymous Anónimo said...

Um grande e fraterno abraço socialista!

Meu caro Alfredo Barroso,

Lia sempre com muito gosto as suas crónicas no "Expresso", mesmo quando a minha opinião não era totalmente coincidente com a sua.

Acabo de ler agora esta crónica, agora já em jeito de "post" e não podia deixar passar sem lhe expressar a minha mais profunda solidariedade, quer como português, quer fundamentalmente como socialista.

Uma longa vida lhe desejo.

Um Abraço,

Carlos Alberto

4 de setembro de 2007 às 15:25  
Blogger Alfredo Barroso said...

Reconforta-me saber que não estou a escrever para o boneco e que ainda há quem me leia com interesse, apesar de estar afastado das colunas regulares dos jornais há já algum tempo.
O espírito crítico é essencial numa sociedade democrática, sobretudo quando as injustiças aumentam.

5 de setembro de 2007 às 10:08  
Anonymous Anónimo said...

Grata, Alfredo Barroso, por tão claramente se insurgir relativamente à rota não socialista deste governo em que infelizmente votei. Que a sua voz corajosa continue a ouvir-se, norteada pelos princípios socialistas.

5 de setembro de 2007 às 14:59  

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