Berardo e as vergonhas
Por Joaquim Letria
HÁ SECTORES DA BANCA que se dizem muito preocupados pelas consequências das declarações de Joe Berardo no que se refere ao BCP, cujos conflitos internos continuam e onde accionistas não aceitam a gestão depois da controversa mudança de liderança e das assembleias gerais pouco dignificantes e nunca vistas na banca de um país do primeiro mundo.
Naturalmente que as bocas de Berardo não são habituais em Portugal, onde os assassínios de carácter e as martingalas deste jaez são feitas em segredo e com simpáticas compensações e só vêm a ser conhecidas por discretos cochichos em agradáveis almoços de amigos, colegas de partido ou oficiais do mesmo ofício.
Mesmo naquele português mascavado de Berardo, os portugueses ficam a perceber o que se passa na banca e até já topam certos artistas do Banco de Portugal. Daí eu não perceber os escandalizados cuidados com o antigo segurança dos cabarets de Joanesburgo, como se fosse o homem a dar mau nome ao negócio.
O resto, meninos, o resto é que é uma vergonha. Ao Berardo não se pode exigir mais e, além do mais, é o único que paga para ver.
«24 horas» de 16 de Novembro de 2007
Etiquetas: JL
1 Comments:
Ao que chegou este país
até o Berardo é um tipo
porreiro
Pobre povo
que um dia te vais levantar do chão - sem Berardos
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