Anúncio de hoje
Na minha ingenuidade, ainda pensei que, depois da denúncia feita pelo PGR e de toda a agitação que provocou, até ao mais alto nível (temperada pelos inevitáveis desmentidos, também de alto-nível...), iria passar a haver mais discrição na divulgação de uma actividade que, pelos vistos, inclui escutas a pedido do cliente.
6 Comments:
O mais ridículo é que a actividade de "Detective Privado" nem sequer está regulamentada sendo, por isso, ilegal no seu todo, não só na questão das escutas.
Mas com certeza que o caro Medina Ribeiro percebeu mal o anúncio: certamente o detective em causa (o mais mediático em Portugal) quer dizer no seu anúncio que pode investigar a pedido do cliente escutas que lhe estejam a ser feitas sem seguir os procedimentos legais...
Quem sabe se o próprio PGR não o contratará para descobrir afinal donde vêm os tais "barulhos esquisitos" no seu telefone? :)
Se a actividade não está legal, como é que os jornais publicam estes anúncios? E como é que as entidades competentes não agem?
Deve ser por causa da transacção de dinheiro (!) para as bandas de Lamego!
FELIZ DIA NACIONAL DO MAR!
R. da Cunha
Os jornais "lavam as mãos" no que toca à legalidade do que fazem os anunciantes. Acham que isso compete às autoridades (e talvez seja assim).
O caso mais flagrante são os anúncios de serviços de prostituição, que até o PÚBLICO (o "respeitável público") publica com fartura.
Se calhar, as actividades de cartomantes, bruxos e videntes também não estão regulamentadas e (no entanto ou por isso mesmo?) os jornais estão cheios de anúncios deles.
O pior é que, em termos de perigosidade social, não se compara a acção desses adivinhos com os que fazem escutas ilegais a pedido do freguês.
Ed
Mesmo esquecendo que os jornais vivem dos anúncios (tendo, pois, de engolir muito lixo), acredito que não seja a eles que compete essencialmente averiguar da legalidade dos serviços anunciados.
Aparece alguém a anunciar um produto ou serviço X. O jornal tem de ter um jurista para ir ver se é legal?
Mas também concordo que, em casos de manifesta ilegalidade (como é este das escutas), devia haver mais cuidado.
Sobressai, no meio disto tudo, o descaramento do anunciante, a sua certeza da impunidade.
Mas isso só mostra que sabe em que mundo se move!
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