2.1.08

«Unte, mas com moderação...»

«Público» de 2 de Jan 08

UM DIA, um amigo meu foi convidado para um cargo de topo numa determinada empresa. No entanto, depois de o felicitar, apercebi-me (no decorrer da conversa que se seguiu) que ele não estava minimamente preparado para exercer essas funções. Fiz-lho notar, discretamente, ao que me retorquiu, com um ar muito sério:

- Por mim, não te preocupes; vou recorrer ao velho MIGI.

Ao ver a minha perplexidade face a tão estranho nome, sorriu e esclareceu:

- Trata-se de um precioso documento não-escrito, o Manual de Instruções do Gestor Incompetente. Vou começar por fazer uma grande remodelação, juntando o que está separado e separando o que está junto. Com essas e outras patacoadas, que são sempre muito aplaudidas pelo pagode, conto ganhar o tempo necessário para me ambientar. No entanto, se vir que ainda preciso de mais, recorro ao Plano B, que nunca falha: proponho-me alterar o nome e o logótipo da empresa...

Claro que foi nele que me lembrei ao ler a notícia cujo título em cima se vê.
Mas com a agravante de que, em linguagem popular, o verbo "untar" (especialmente quando re refere a autoridades...) tem um significado bem nosso conhecido...

Etiquetas:

1 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

Valha-me S. Francisco! Há mesmo necessidade de alterar a denominação de Organismos ou Serviços, há muito interiorizados pela população, ainda por cima com "nomes" ou siglas que são autênticos disparates? As assessorias não têm mais com que se entreter (para justificarem a sua própria existência) que não seja descobrirem aberrações como esta e outras que já saíram?

2 de janeiro de 2008 às 18:26  

Enviar um comentário

<< Home