31.8.08

Tão felizes que éramos!

Por António Barreto
SARAH ADAMOPOULOS seleccionou um pouco mais de trinta pessoas a quem pediu para contarem um pouco da sua experiência de criança. Este é o resultado. Atraente e estranho. Não se trata de uma amostra representativa. São escolhas de Sarah, feitas, creio, ao ritmo e à circunstância de amizades, conhecimentos, camaradagens e afinidades.
Muitos deles vêm das letras e das artes. Valem por eles, não valem por universos estatísticos. Mas têm comunidade de experiência e de recordação. A felicidade, em primeiro lugar. Quase todos os entrevistados tiveram infâncias felizes. Depois, vem o espaço, que é uma maneira de sentir a liberdade. Referem os espaços largos da infância e queixam-se da falta de espaço, hoje, o que também quer dizer falta de liberdade. A descoberta do mundo, a seguir. E a descoberta dos outros. Para quase todos, eram tempos em que os pais davam o exemplo e ensinavam coisas, enquanto as mães davam afectos. Vindos de meios cultivados, aprenderam artes e letras: com os pais ou em escolas privadas, nesta que é mais uma revelação da miséria cultural da nossa escola de ontem e de hoje.
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Texto integral [aqui]
NOTA: esta e outras crónicas do mesmo autor estão também no seu blogue, o Jacarandá

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