16.3.09

Dito & Feito

Por José António Lima
COMO É QUE Manuel Alegre se pode sentir de bem com a sua consciência ao manter-se num partido com o qual está em frontal divergência, exigindo «a revogação do Código laboral, a suspensão do modelo de avaliação dos professores, a abolição das taxas moderadoras, serviços públicos sem a lógica de parcerias público-privadas»? Afinal, o que lhe resta como base de acordo com o Governo e o PS: a distribuição de ‘Magalhães’ às criancinhas, os casamentos de homossexuais, a cor da bandeira do partido?
E como é que Alegre pode afirmar que «não ia entrar na mercearia de disputar» o lugar de presidente do Parlamento a Jaime Gama, mas se dispõe a que um entendimento com Sócrates se traduza na colocação de uns tantos deputados alegristas em lugares elegíveis nas listas do PS? «Em reconhecimento do espaço próprio que eu represento», explica, para justificar essas contas de mercearia. (...)
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