30.4.09

Corin Tellado

Por Joaquim Letria
HÁ 30 ANOS, num programa de TV, entrevistei uma espanhola que toda a gente conhecia em Portugal. A senhora disse-me que sim à primeira. E deu-me uma entrevista muito mais interessante do que os bem-pensantes, e eu próprio, imaginávamos que ela fosse capaz.
No bilhete de primeira classe de ida e volta na Ibéria que pedi que lhe fosse entregue em Madrid, preenchi o nome de Maria del Socorro Tellado Lopes. E foi assim que ela desembarcou na Portela, onde a fui esperar para a acompanhar ao hotel na véspera do programa.
Se hoje fizesse um inquérito, descobriria sem surpresa que pouca gente se recorda daquela senhora, conhecida em todo o mundo como Corin Tellado, uma escritora de romances de amor que pôs muitas portuguesas a gostarem de ler através dos seus livrinhos cor de rosa da Agência Portuguesa de Revistas.
Morreu agora, aos 82 anos, depois de ter escrito 4 mil títulos e tendo vendido cerca de 500 milhões de exemplares. Uma mulher interessante na pujança dos seus 50 anos de idade quando me lembrei de a trazer à RTP.
«24 Horas» de 30 de Abril de 2009

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4 Comments:

Blogger Mg said...

4 mil títulos e 500 milhões de exemplares vendidos!?

Confesso: ou a minha memória está a atraiçoar-me no final de uma semana muito complicada ou nunca ouvi falar na senhora...

30 de abril de 2009 às 22:55  
Blogger Luís Bonito said...

Pois eu confesso que me lembro de em rapaz (sim acho que não foram só as senhoras) ter lido alguns livros dela.
:-)

1 de maio de 2009 às 09:20  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Até há alguns anos (pelo menos), não havia quiosque nem tabacaria que não tivesse livros da Corin Tellado - e às dúzias!

Eram todos romances cor-de-rosa, pequenos (em dimensóes e n.º de páginas), de enredo muito simples, e destinavam-se a um público essencialmente feminino.

Quando aparecem autores com uma quantidade exagerada de obras, muitas vezes são já organizações que as fazem.

É o caso da Enid Blyton e de Walt Disney, que continuam a publicar obras mesmo depois de mortos há muito tempo!

Mesmo Alexandre Dumas, segundo lembra J. Pacheco Pereira, tinha os chamados "nègres"...

1 de maio de 2009 às 10:40  
Blogger Dulce Dias said...

QUATRO MIL TÍTULOS?! Livra!! Devo ter lido quatro ou cinco dos seus romances cor-de-rosa, nos meus (velhos) tempos de adolescente!!! Mas 4 mil... nunca imaginei!!

1 de maio de 2009 às 14:23  

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