A festa do livro
Por Joaquim Letria
SE EM PORTUGAL a ignorância edificada pelo ministério da educação durante anos dá frutos, massificando o desinteresse e disseminando a desqualificação, na Europa ocorre precisamente o oposto – o que nos afasta cada vez mais dos países que deveríamos acompanhar.
Nunca cerimónias, feiras, concursos e maratonas dedicadas ao livro e às palavras tiveram tanto interesse e foram tão frequentadas, atraindo centenas de milhares de europeus, entre os quais se destacam os jovens. Em Portugal talvez tenhamos duas a três gerações perdidas até podermos acertar o passo pelo resto da Europa, se quisermos e viermos a trabalhar com afinco. A única dificuldade em todas as manifestações pró-livro na Europa foi a de encontrar lugar sentado.
Foi possível ver Le Clézio lido por Lambert Wilson, Flaubert por Daniel Mesguich e Prevert por Jean Louis Trintignant, enquanto o Cairo, Alexandria e a palavra árabe eram celebradas por conhecidos arquitectos, escritores e arqueólogos que viriam a render-se ao actor Omar Shariff, o herói dessas sessões.
Contadores de histórias, actores, músicos e poetas são cada vez mais utilizados na divulgação do livro e da literatura com um êxito retumbante, não só no centro das cidades mas também na periferia e nos bairros problemáticos. O êxito é estimulante!
Cá também podiam experimentar, em vez de só lá mandarem a polícia.
«24 horas» de 1 de Julho de 2009SE EM PORTUGAL a ignorância edificada pelo ministério da educação durante anos dá frutos, massificando o desinteresse e disseminando a desqualificação, na Europa ocorre precisamente o oposto – o que nos afasta cada vez mais dos países que deveríamos acompanhar.
Nunca cerimónias, feiras, concursos e maratonas dedicadas ao livro e às palavras tiveram tanto interesse e foram tão frequentadas, atraindo centenas de milhares de europeus, entre os quais se destacam os jovens. Em Portugal talvez tenhamos duas a três gerações perdidas até podermos acertar o passo pelo resto da Europa, se quisermos e viermos a trabalhar com afinco. A única dificuldade em todas as manifestações pró-livro na Europa foi a de encontrar lugar sentado.
Foi possível ver Le Clézio lido por Lambert Wilson, Flaubert por Daniel Mesguich e Prevert por Jean Louis Trintignant, enquanto o Cairo, Alexandria e a palavra árabe eram celebradas por conhecidos arquitectos, escritores e arqueólogos que viriam a render-se ao actor Omar Shariff, o herói dessas sessões.
Contadores de histórias, actores, músicos e poetas são cada vez mais utilizados na divulgação do livro e da literatura com um êxito retumbante, não só no centro das cidades mas também na periferia e nos bairros problemáticos. O êxito é estimulante!
Cá também podiam experimentar, em vez de só lá mandarem a polícia.
Etiquetas: JL
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home