14.7.09

Passeio Quântico

Por Nuno Crato

SE O LEITOR TIVER boa memória talvez se lembre da origem deste título invulgar: «Passeio Aleatório». No início desta série de crónicas dissemos que iríamos percorrer, um pouco ao acaso, temas da ciência e da técnica. Dissemos ainda que a expressão «passeio aleatório» designa um conceito científico importante, cujo seu estudo tem ocupado matemáticos, físicos e outros cientistas.

O exemplo mais engraçado de introdução a este conceito é o de um passeio de um homem embriagado. Imagine o leitor um cavalheiro, já muito tocado pelo álcool, que sai do bar onde passou a noite a acabar com o stock de aguardente. À porta, avança pela rua e tem de escolher entre dar um passo em frente ou um atrás. Como os vapores não o deixam fazer qualquer escolha racional, escolhe uma das duas direcções perfeitamente ao acaso. Começa. Dá um passo. Pára. Completamente toldado pelos eflúvios, dá novo passo, ou para a frente ou para trás, completamente ao acaso. Pára e dá novo passo, de novo ao acaso. A história repete-se ao longo da noite. Onde irá parar o cavalheiro? (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger Táxi Pluvioso said...

E é assim de facto a ciência actual, além se ser um produto de consumo, como a Golgate, é produto de "cientistas" um pouco tocados.

14 de julho de 2009 às 09:52  
Blogger Manuel Brás said...

Como o ser embriagado
pelos eflúvios toldado,
o passeio fica engasgado
pelo passo enfadado.

O passeio aleatório
pelo espaço imaginário,
e um devaneio tutório
de seguimento binário.

A distribuição de probabilidades
aproxima-se de uma normal,
trucidando as realidades
de um mundo formal.

14 de julho de 2009 às 13:35  

Enviar um comentário

<< Home