5.9.09

Coisas da Ibéria

Por Antunes Ferreira

QUÉ VIVA ESPANHA! – canta no CD que toca no meu carro Maribel Estrada, uma jovem intérprete não muito badalada no país vizinho, mas cuja voz tem uma frescura e uma sonoridade magníficas. Chamasse-se ela Iglesias ou Flores e outro galo cantaria, passe a comparação espúria.
Estou em Badajoz, onde vim uma vez mais à Universidad de Extremadura. Acontece que sou o que aqui se chama Profesor Invitado del Grado de Comunicación Audiovisual e por isso, venho algumas vezes por ano para leccionar em Cursillos de Comunicación. Não sei por que bulas, talvez mesmo porque falo e escrevo medianamente bem o Castellano. Mais do que isso, nada adianto. Favores.

Por estas bandas a crise ainda não começou a abrandar. (...)

Texto integral [aqui]

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8 Comments:

Blogger Maria said...

Henriquamigo:
Fui educada no ódio aos espanhóis.
Meu pai odiava-os. Para ele as únicas coisas boas em Espanha eram as Touradas e claro, as espanholas.
Com o tempo o meu ódio foi passando, mas ainda sentia qualquer fibra patriótica vibrar no 1º de Dezembro. Hoje estou quase Iberista. Há momentos em que acho que é estúpido estarmos com parvoiçadas de independência, quando a maior parte do que comemos vem de lá. Quando reparamos que metade do Alentejo, são eles que o cultivam. Quando são eles que mandam no que acontece em grande parte da nossa informação. Apenas uma coisa me desagrada em Espanha: Ser uma monarquia. Embirro com reis, até nas cartas. Nada tenho contra o Juanito, que por acaso até acho simpático. Mas reis? nem o bolo eu suporto.
Quanto à saída da M.G., não me rala muito quem a correu. Fez-me um favor. Ainda gosto menos dela, do que gostava dos espanhois em miúda.
Queijinhos

6 de setembro de 2009 às 10:49  
Blogger Ana Oliveira said...

Henrique

Odeio touradas...os reis, tanto se me dá...às vezes são tão decorativos!(desculpa Maria mas gosto tanto de bolo rei!)

Porque não uma Ibéria unida para o bom e para o mau.Pior não há-de ser!
Só não gostaria de ter de falar ou escrever em "Portunhol" porque, como disse Pessoa " A minha Pátria é a Lingua Portuguesa", de resto: churros, turron, leques e Sevilhanas...tudo bem.
Em termos politicos e sociais faltam-me os conhecimentos para apreciar as razões que me movem a sentir que concordo, gosto apenas de pensar que unidos, não seriamos só usados mas também compensados.

Beijos

Ana

6 de setembro de 2009 às 14:03  
Blogger Armindo Guimarães said...

Amigo Antunes Ferreira:

É impossível um gajo não se rir com as tuas crónicas.

Essa ideia da Ibéria unida dá que pensar. Afinal ela já existe numas coisas apenas para um lado. Por isso, acho melhor a malta telefonar para o Afonso, o primeiro, para sabermos da sua opinião. É claro que primeiro vamos ter que o por a par das desgraças por que temos passado até ao 25 de Abril e mesmo depois dele com a União Europeia. Esperemos é que o gajo não morra novamente ao ouvir o nosso relato. Caso contrário, ficamos sem saber o que pensa ele disto tudo.

:)

Abraços ibéricos

6 de setembro de 2009 às 19:20  
Blogger Paula Raposo said...

Henrique!!
Gosto de te ler. Beijinhos.

6 de setembro de 2009 às 21:08  
Blogger mariabesuga said...

Pois para quem fez a vida trabalhando a comunicação, na comunicação e para a comunicação há-de sentir como privilégio nesta altura da vida ser professor convidado dentro da área e a alto nível, a Universidade da Estremadura. Como aliás, se fora outra qualquer. Generalizando, claro, que não quer dizer que todas lhe interessassem.

Parece que por todas as bandas o desemprego continua a aumentar em vez de, pelo menos, estabilizar. Poderia isso ser sinónimo de estar o mundo a recuperar de uma crise que nunca mais acaba e para que qualquer dia estado nenhum tem capacidade para “segurar” as necessidades básicas dos cidadãos. Claro que dos cidadãos em crise que aos outros os mesmos estados sempre vão ajudando a manter o estatuto. Isso como se sabe em Espanha, Portugal ou em qualquer outro lugar, digo país, “Est tout la même chose!!!...” ou então sou eu, comum cidadã, que já não acredito tanto e se constatar que assim é preciso recarregar as energias da esperança e da ideologia.

Aliás, fiquei um nadinha melhor no momento em que soube da saída da Manuela Moura Guedes apesar das razões, da forma, ambas políticas e “fabricadas” a jeito de interesses para os tapar e/ou defender. Enfim… não há ainda quem muito bem perceba mas que teve como saldo positivo a saída da dita senhora, isso teve.

Está em causa a liberdade de informação?!... Pois não sei se confio muito na informação que se nos apresenta assim à moda desta jornalista, que o será e isso não se lhe pode negar até porque terá carteira profissional que lhe ateste isso mesmo.

Posto tudo isto e sendo que voltará a Espanha com regularidade para este ou outros efeitos, certo será que nos dê mais notícias e opiniões de lá e de cá que o espaço está cada vez mais perto e o tempo e as razões cada vez mais comuns e o Iberismo é capaz de nem ser assim tão mau até porque nunca se constatou que mal fizesse unir esforços por boas causas e para melhor tratar de questões unas que só têm a ganhar por serm resolvidas em conjunto.

(…)

Terá mesmo razão o Saramago?!... Eu tenho para mim que a razão lhe assiste sempre. Mas isso sou eu e não posso exigir que todos assim pensem…

Entusiasmei-me, Antunes Ferreira?!... Ou… para textos longos, comentários longos…

Um abraço.

7 de setembro de 2009 às 11:14  
Blogger Maria Vitória Martins said...

Não estou minimamente interessado em escritos longos, sobretudo quando este é atentatório da nossa nacionalidade.

Detesto comunistas e detesto iberistas (que nem sei bem o que é...). Por isso, não gosto do Saramago, Prémio Nobel da política.

Mas também não gosto, mesmo nada, do Antunes Ferreira que atropela a Nossa História de uma maneira abejecta. Meta a viola no saco, e não bolse insultos à Nossa Pátria!

7 de setembro de 2009 às 14:50  
Blogger antonior said...

Concordo que os trabalhos de Belzebu não têm fronteiras. Operam aqui, em Espanha ou na Bielo-Rússia com igual eficiência. Daí fazer o mesmo sentido o Iberismo, o Europeismo, o Internacionalismo ou o Istoétudoomesmismo.

Como, na verdade para mim as fronteiras políticas sempre foram uma grandessíssima coisa de xadrês mal jogado pelos manda-chuvas, reis ou pseudo-qualquercoisas, resta que considero como válidas algumas outras. São as fronteiras culturais, linguísticas ( o que vem pegado) e geográficas. Se isto fosse respeitado o mapa político seria todo diferente e as aberrações iam à vida. Nunca haveria ultramares devido aos inevitáveis oceanos. As ilhas seriam todas independentes, que sossego. Países haveria fraccionados por línguas e culturas, mas sem o flagelo de andarem "à porrada" permanentemente. Outros haveria que sendo países vizinhos seriam um só por tão intimos de culturas e hábitos (mas não seria o caso da penísula ibérica que daria só a Espanha uns quantos países por sua conta). Enfim, parece uma grande confusão, mas seria a coisa "ao natural", pura e "coisa e tal"...

É conversa de chacha porque é treta só para brincar ao faz de conta. Ou para pensar. Como aquela canção do Lennon "Imagine there´s no countries...". E assim o gajo levou uns tiraços e marchou. Melhor estaria calado que ainda cá andava...

Certezas, certezas, só tenho em relação a essa coisa da senhora "Defenestração". Então isso é lá coisa que se faça a alguém?!...
..................................
Diga???!!!!!....
Ah! Pois a esse...pois nã sei!...
Eu cá sou contra as violências...cresci no tempo dos hippies...lembram-se?! "Make love, not war"...tã 'onito...

9 de setembro de 2009 às 19:46  
Blogger . said...

Hápiozé, caro "chefe"...

Já eu, por mim, apenas posso afirmar que o melhor de Espanha são...
AS ESPANHOLAS!

Mas ainda assim não consigo percebê-los, quer linguisticamente, quer como povo.

Há uns anos, numa viajem a Barcelona, para me meter com a mulher de um primo meu que por lá mora, afirmei:
-Odeio Espanhois!
Ao que ela retorquio:
-Pero yo tambien. No soy espanhola sou Catalana.
O que me lava então a perguntar-lhe, caro "chefe" quem raio são os Espanhois afinal? E que eles afirmam-se Galegos, Andaluzes, Catalães, Bascos, Leoneses, e todos eles, sem excepção, desgostam dos espanhois...
...Com a excepção dos Castelhanos. Serão estes então os Espanhois?

Cumprimentos

O Lobacho

10 de setembro de 2009 às 09:07  

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