1.9.09

Corta, cose e casa!

Por Joaquim Letria

ESTE ANO, as cirurgias de ambulatório cresceram para o dobro em Portugal. Qualquer dia, quando viermos de tirar um rim, encontramo-nos com a senhora que vai ter um filho na ambulância dos bombeiros e telefonamos para o INEM para sabermos como correu a amputação dum amigo que estava para ser operado à saída 8 da A-1, quem entra na rampa para Ourém.

Diz Fernando Araújo, vice-presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, que até ao fim deste ano, 200 mil portugueses devem ser operados neste regime do “corta, cose e rua”. Desde Janeiro que mais de 90 mil já andaram por aí com o credo na boca. Desconhecem-se números deste sucesso.

Para quem é operado, existe uma vantagem, segundo garante este especialista em saúde pública: “a taxa moderadora das cirurgias de ambulatório é equiparada à de um dia de internamento normal inferior a 10 dias”!

Araújo garante que o preço incentiva os doentes a procurarem esta cirurgia, e os médicos vão ficando menos constrangidos. Diz ele que o doente até pode regressar a casa no próprio dia, com remédios aviados, para recuperar em ambiente familiar, muito mais barato,”com menos dor e risco de infecções”.

Ai, eu quero uma operação destas! Quero entrar às 11 da manhã e estar em casa às três da tarde! Arranja-se? Não voltem a dizer-me que não há camas!

«24 horas» de 1 de Setembro de 2009

Etiquetas: