Uma ditadura perto de nós
Por Joaquim Letria
NÃO HÁ A CERTEZA de que uma ditadura corra perigo de morte quando lhe secam as fontes de rendimento. Do que há a certeza é que um ditador vive muito mais confortavelmente com fontes de rendimento a jorrar-lhe para os bolsos.
As razões são simples. A disponibilidade de dinheiro abundante permite ao ditador subornar as elites vinculadas ao regime, anestesiar a consciência crítica de sectores importantes da sociedade e, quando há ânsia de alargar o poder para além das próprias fronteiras do regime, manter estados vassalos e comprar as respectivas consciências mais convenientes no poder.
A ausência de dinheiro e de rendimentos confortáveis aumenta a necessidade de criar e manter um estado policial mais ou menos eficiente, cujo propósito mais importante é vigiar quem está perto do poder e agitar um forte aparelho de intimidação capaz de infligir um temor paralisante em todos os sectores da população.
Todas as ditaduras fazem isto ou algo parecido, compensando a sua própria incompetência repressiva com dinheiro para comprar lealdades e financiar o populismo redistributivo. Enfim, todos nós conhecemos este fenómeno e envolventes circunstâncias, mais perto ou mais longe de nós. Mas por que razão estou eu a pensar e a escrever isto, não me dizem?!
NÃO HÁ A CERTEZA de que uma ditadura corra perigo de morte quando lhe secam as fontes de rendimento. Do que há a certeza é que um ditador vive muito mais confortavelmente com fontes de rendimento a jorrar-lhe para os bolsos.
As razões são simples. A disponibilidade de dinheiro abundante permite ao ditador subornar as elites vinculadas ao regime, anestesiar a consciência crítica de sectores importantes da sociedade e, quando há ânsia de alargar o poder para além das próprias fronteiras do regime, manter estados vassalos e comprar as respectivas consciências mais convenientes no poder.
A ausência de dinheiro e de rendimentos confortáveis aumenta a necessidade de criar e manter um estado policial mais ou menos eficiente, cujo propósito mais importante é vigiar quem está perto do poder e agitar um forte aparelho de intimidação capaz de infligir um temor paralisante em todos os sectores da população.
Todas as ditaduras fazem isto ou algo parecido, compensando a sua própria incompetência repressiva com dinheiro para comprar lealdades e financiar o populismo redistributivo. Enfim, todos nós conhecemos este fenómeno e envolventes circunstâncias, mais perto ou mais longe de nós. Mas por que razão estou eu a pensar e a escrever isto, não me dizem?!
«24 horas» de 24 de Setembro de 2009
Etiquetas: JL
2 Comments:
Mesmo os cristãos roubam e não atiram a primeira pedra.
SEGURANÇA SOCIAL CREDÍVEL?
«A Segurança Social levantou um processo de execução fiscal contra uma empresa de Alcobaça por causa de uma dívida de um cêntimo. No entanto, a Metalcoa garantiu que não deve nada, escreve a «TSF».
A Metalcoa recebeu uma carta que classifica de absurda, onde é informada de uma dívida à Segurança Social de um cêntimo, mais juros de mora de seis euros e ainda 79 euros de custas do processo.
«Fiquei surpreendido pela dívida, já que há muito que tenho certidões da Segurança Social» e «nunca me constou uma dívida de qualquer importância», disse Manuel Canelas, responsável da empresa, citado pela «TSF», considerando que a dívida em causa deveria constar nas certidões ou numa notificação.
Em 2006, a Metalcoa teve de proceder a uma rectificação do pagamento das prestações sociais relativas a um trabalhador com o primeiro emprego, mas na altura corrigiu o valor a até pagou juros, sendo que a situação ficou resolvida.
No entanto, olhando para os tabelas dos pagamentos da empresa encontra-se um cêntimo que foi acrescentando pelos serviços em 2003 por causa dos acertos do euro e que não foi anulado, como aconteceu nos anos anteriores»
«Contactada pela TSF, a Segurança Social explicou que este um cêntimo decorre de um arredondamento do processo da regularização da dívida e que não foram pagos na altura os juros nem as custas do processo. Neste sentido, considera que este é um processo normal.A Segurança Social adiantou ainda que não pretende fazer qualquer penhora devido ao baixo valor em questão»????
A falta de credibilidade de qualquer instituição mede-se por situações como esta. E é por isto que muito do tecido económico e social definha. A falta de bom senso e a generalização naquilo que há muito na segurança social e no fisco parece uma autêntica caça à multa é aviltante e anti-democrática para os cidadãos deste país e demonstra que as reformas no sentido do respeito pelo cidadão estão por fazer. Mais do que grandes intervenções do Estado urge criar uma nova cultura no Estado.
E não digam que isto só aconteceu esta vez. É que a segurança social é useira e vezeira neste tipo de comportamentos pouco éticos e constitucionais!
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