26.11.09

Monumento ao cardeal Cerejeira

Por C. Barroco Esperança

A PRETEXTO DA CELEBRAÇÃO do 50.º aniversário do monumento ao Cristo-Rei, cujo gosto não discuto, foi inaugurado no pretérito domingo um monumento ao cardeal Cerejeira. Se Almada não se regozijou especialmente com o primeiro, há boas razões para crer que não é grande o júbilo com o segundo – tributo prestado ao prelado que foi um expoente do reaccionarismo nacional e amigo do peito do ditador Salazar.

Não discuto a estética dos monumentos mas não devo deixar passar sem reparo a ética do preito ao cardeal cuja cumplicidade com a ditadura e o ditador só teve de positivo o estímulo ao abandono da religião e ao desprezo do clero. (...)
Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger Unknown said...

Ao longo da história a Igreja apoiou de forma descarada a tortura e a violação de direitos humanos fundamentais sendo o seu papel bastante criticável durante o Estado Novo onde como muito bem é referido nunca houve sequer uma simples observação da forma como cidadãos eram tratados ficando o epiteto de reviralhos ou vermelhos como justificação para todas as torturas e perseguições feitas.
Assim esta "homenagem" a um homem que foi o rosto visível desta cumplicidade só deve envergonhar quem procura assim uma redenção nunca possível sem um assumir de perdão aos milhares perseguidos durante o Estado Novo.

26 de novembro de 2009 às 16:44  
Blogger Carlos Esperança said...

Ricardo:

Viu algum órgão da comunicação social a comentar este atentado à memória e à democracia?

Obrigado pela solidariedade.

27 de novembro de 2009 às 00:17  
Blogger Unknown said...

Não, sinceramente só o soube por este artigo logo obrigado.

28 de novembro de 2009 às 16:14  

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