Perto do desejável
Por Joaquim Letria
CÁ SE FAZEM, cá se pagam. Devia ser assim, mas ainda não é. Mas já se vê figurões a pagarem pelo que fizeram, embora os W. Bush, os Blair, os Rumsfeld, e outros de menor coturno, ainda estão em dívida pelos crimes de guerra e delitos económicos que cometeram.
Um gigantesco Nuremberga devia ser dedicado aos modernos criminosos políticos e militares pelo sofrimento que causaram e pela corrupção que espalharam. Entretanto, vemos alguns sinais que nos aproximam do desejável. O exemplo de Fujimori, o antigo presidente do Peru, hoje com 71 anos de idade, é um deles.
Fujimori foi condenado a pagar 9 milhões de dólares às vítimas e ao Estado e a cumprir 25 anos de cadeia, por ter sido considerado culpado de pagar a deputados da oposição para garantir uma maioria, pagar aos media para ter uma cobertura favorável e por ter atentado contra liberdades fundamentais, ao fazer escutas telefónicas a políticos, jornalistas e homens de negócios.
Fujimori foi ainda considerado culpado pela prisão de civis e pela organização de “esquadrões da morte” contra os guerrilheiros do “Sendero Luminoso”, no modelo que os americanos organizaram no Iraque. Alvo de quatro julgamentos, o mais longo dos quais durou 16 meses, o antigo presidente do Peru é dos raros exemplos de alguém que paga pelos crimes que cometeu e pelo sofrimento que causou. Já não falta tudo…
«24 horas» de 24 de Novembro de 2009CÁ SE FAZEM, cá se pagam. Devia ser assim, mas ainda não é. Mas já se vê figurões a pagarem pelo que fizeram, embora os W. Bush, os Blair, os Rumsfeld, e outros de menor coturno, ainda estão em dívida pelos crimes de guerra e delitos económicos que cometeram.
Um gigantesco Nuremberga devia ser dedicado aos modernos criminosos políticos e militares pelo sofrimento que causaram e pela corrupção que espalharam. Entretanto, vemos alguns sinais que nos aproximam do desejável. O exemplo de Fujimori, o antigo presidente do Peru, hoje com 71 anos de idade, é um deles.
Fujimori foi condenado a pagar 9 milhões de dólares às vítimas e ao Estado e a cumprir 25 anos de cadeia, por ter sido considerado culpado de pagar a deputados da oposição para garantir uma maioria, pagar aos media para ter uma cobertura favorável e por ter atentado contra liberdades fundamentais, ao fazer escutas telefónicas a políticos, jornalistas e homens de negócios.
Fujimori foi ainda considerado culpado pela prisão de civis e pela organização de “esquadrões da morte” contra os guerrilheiros do “Sendero Luminoso”, no modelo que os americanos organizaram no Iraque. Alvo de quatro julgamentos, o mais longo dos quais durou 16 meses, o antigo presidente do Peru é dos raros exemplos de alguém que paga pelos crimes que cometeu e pelo sofrimento que causou. Já não falta tudo…
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