O encanto da corrupção
Por Joaquim Letria
CADA MALUCO tem a sua mania. Os ateus falam sempre em Deus, os católicos passam a vida a falar de sexo e há quem só fale de corrupção porque ela dá para falar de tudo e de mais alguma coisa. É um encanto.
Se somarmos o “Freeport” à “Face Oculta”, encontramos embuste, engano, abuso de poder, ganância, exploração dos cidadãos, desprezo pelos bens públicos, empreendedorismo, criatividade, sangue frio, nepotismo. Em tudo isto incorrem os corruptos, sem que a cara se lhes tinja de vergonha uma única vez.
O pior, segundo se depreende das mais recentes investigações, é que não há reeducação possível. E quando se quer a devolução do roubado, desfalcado ou desviado, tropeça-se na impunidade e no fechar de olhos generalizado
Portugal é um dos grandes lupanares da corrupção. Lucky Luciano disse a Dominic Lapierre que um dólar do crime dá muito mais trabalho do que um dólar honesto. Certamente que Luciano pensava em extorsão, contrabando, assaltos, roubo à mão armada, assassínios de encomenda, tiroteios e penas de prisão. Crimes a sério, de correr riscos e a exigir mão-de-obra qualificada. A corrupção não é nada disso e nem serve para resolver o desemprego. Não pode haver corruptos desempregados.
CADA MALUCO tem a sua mania. Os ateus falam sempre em Deus, os católicos passam a vida a falar de sexo e há quem só fale de corrupção porque ela dá para falar de tudo e de mais alguma coisa. É um encanto.
Se somarmos o “Freeport” à “Face Oculta”, encontramos embuste, engano, abuso de poder, ganância, exploração dos cidadãos, desprezo pelos bens públicos, empreendedorismo, criatividade, sangue frio, nepotismo. Em tudo isto incorrem os corruptos, sem que a cara se lhes tinja de vergonha uma única vez.
O pior, segundo se depreende das mais recentes investigações, é que não há reeducação possível. E quando se quer a devolução do roubado, desfalcado ou desviado, tropeça-se na impunidade e no fechar de olhos generalizado
Portugal é um dos grandes lupanares da corrupção. Lucky Luciano disse a Dominic Lapierre que um dólar do crime dá muito mais trabalho do que um dólar honesto. Certamente que Luciano pensava em extorsão, contrabando, assaltos, roubo à mão armada, assassínios de encomenda, tiroteios e penas de prisão. Crimes a sério, de correr riscos e a exigir mão-de-obra qualificada. A corrupção não é nada disso e nem serve para resolver o desemprego. Não pode haver corruptos desempregados.
«24 horas» de 6 de Novembro de 2009
Etiquetas: JL
2 Comments:
O que mais encontramos é o Sócrates associado a fulanos com "esquemas".
Com Sócrates, cada cavadela, sua minhoca. Ou o homem tem um azar do caraças, ou então fica na história como o Berlusconi português, mulheres àparte, claro...
Não, não pensem que estou a insinuar alguma coisa. Estou a pensar na comparação entre as boazonas do Berlusconi e aquela que dizem ser a namorada do Sócrates.
Faço minhas as suas palavras, quando é que a humanidade estará de vez, livre dessa sujeirada moral?
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