A sorte de ter amigos
Por Joaquim Letria
SOU UM HOMEM DE SORTE. Reúno-me com frequência com os meus amigos e todos os dias me encontro com aqueles que se foram embora sem pedir licença. Duns e de outros espero apenas a sua constância. Alguns deles ensinaram-me que a honestidade e a lealdade são mais vantajosas do que a má consciência a atormentar a tranquilidade. Mas se me revejo em todos os meus amigos vivos, não poderei encontrar a palavra necessária e exacta que supera a gratidão e marca a saudade dos outros.
Da vida só espero que não me arrebate aquilo que me deu. Todos os meus amigos, vivos e mortos, contribuíram para aquilo que tenho e para eu ser aquilo que sou. Tenho todos os meus amigos encarcerados na minha alma. Descrever a emoção dum sentimento constante, de uma admiração, é demais para quem ainda vive a tentar arrumar as palavras certas no sítio que lhes pertence.
A minha emoção não me obriga a ver a minha verdade distorcida. Não esqueço nenhum dos meus amigos. Mas tenho sempre bem mais perto aqueles que, de entre eles, me ensinaram que não há tormentas, nem vendaval, nem perda, nem dor que a gente não consiga vencer com a nossa vontade e com nossa firmeza.
«24 horas» de 4 de Dezembro de 2009SOU UM HOMEM DE SORTE. Reúno-me com frequência com os meus amigos e todos os dias me encontro com aqueles que se foram embora sem pedir licença. Duns e de outros espero apenas a sua constância. Alguns deles ensinaram-me que a honestidade e a lealdade são mais vantajosas do que a má consciência a atormentar a tranquilidade. Mas se me revejo em todos os meus amigos vivos, não poderei encontrar a palavra necessária e exacta que supera a gratidão e marca a saudade dos outros.
Da vida só espero que não me arrebate aquilo que me deu. Todos os meus amigos, vivos e mortos, contribuíram para aquilo que tenho e para eu ser aquilo que sou. Tenho todos os meus amigos encarcerados na minha alma. Descrever a emoção dum sentimento constante, de uma admiração, é demais para quem ainda vive a tentar arrumar as palavras certas no sítio que lhes pertence.
A minha emoção não me obriga a ver a minha verdade distorcida. Não esqueço nenhum dos meus amigos. Mas tenho sempre bem mais perto aqueles que, de entre eles, me ensinaram que não há tormentas, nem vendaval, nem perda, nem dor que a gente não consiga vencer com a nossa vontade e com nossa firmeza.
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