As reformas difíceis
Por António Barreto
EM PORTUGAL e no mundo ocidental, há duas décadas, a palavra reforma transformou-se no santo-e-senha da política contemporânea. Para os governos, que as querem fazer ou fizeram; para as oposições, que denunciam os governos por as não fazer; para a sociedade civil que ora as deseja com entusiasmo, ora as receia e contraria com veemência; para as instituições internacionais, mais ou menos tecnocráticas, que as consideram sempre essenciais.
As reformas de que se fala, em todos os domínios da vida colectiva e pública, são as mais vastas e profundas que se possam imaginar: direitos dos cidadãos, educação, saúde, trabalho, segurança social, transportes, comunicações, regulação das actividades económicas, tudo necessitava de reformas a fim de permitir a mudança e o desenvolvimento. Parecia que um novo mundo se anunciava, com a globalização, a abertura das sociedades, a liberalização da economia e um novo conceito de liberdade e de direitos humanos. Boas ou más, com ou sem ideologia aparente, vivemos duas décadas de pressão para fazer reformas. (...)
Texto integral [aqui]
EM PORTUGAL e no mundo ocidental, há duas décadas, a palavra reforma transformou-se no santo-e-senha da política contemporânea. Para os governos, que as querem fazer ou fizeram; para as oposições, que denunciam os governos por as não fazer; para a sociedade civil que ora as deseja com entusiasmo, ora as receia e contraria com veemência; para as instituições internacionais, mais ou menos tecnocráticas, que as consideram sempre essenciais.
As reformas de que se fala, em todos os domínios da vida colectiva e pública, são as mais vastas e profundas que se possam imaginar: direitos dos cidadãos, educação, saúde, trabalho, segurança social, transportes, comunicações, regulação das actividades económicas, tudo necessitava de reformas a fim de permitir a mudança e o desenvolvimento. Parecia que um novo mundo se anunciava, com a globalização, a abertura das sociedades, a liberalização da economia e um novo conceito de liberdade e de direitos humanos. Boas ou más, com ou sem ideologia aparente, vivemos duas décadas de pressão para fazer reformas. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: AMB
2 Comments:
Concordo em absoluto. O Estado e as instituições deviam ser mais sensíveis à opinião do Povo, principalmente esses sectores que estão fechados num completo egoísmo. Há quem aponte caminhos. Lembro-me de um Senhor que ousou já, corajosamente, a sugerir uma nova Constituição, que acabasse exactamente com estes bloqueios. Corajosamente, pois sujeitou-se desde logo à feroz crítica dos Velhos do Restelo, que rotulam de lunáticos a quem propõe novos rumos, e como gozam de grande prestígio e poder, normalmente, rapidamente “queimam” estas personalidades que mais tarde vão ser lembradas como visionárias. A actual Constituição, respira ainda uma atmosfera bafienta, de um tempo que já não é o nosso.
como se pode reformar um país se ele teve sempre a forma de um rectângulo irremodelável?
Votos de um feliz Natal.
Jorge Brasil Mesquita
www.fisgasdotempo.blogspot.com
Enviar um comentário
<< Home