Aeroportos saturados
Por Joaquim Letria
ESTOU HABITUADO a entrar nas listas de espera dos aeroportos mais movimentados para ter autorização de aterragem. JFK, em Nova York, talvez seja o pior, quase sempre com mais de meia hora às voltinhas para conseguir vez para aterrar. Frankfurt, Amsterdão e Heathrow, em Londres, não lhes ficam atrás.
Os serviços de terra destes e de muitos outros aeroportos reflectem a saturação natural dos milhões de pessoas que ajudam a embarcar e desembarcar, com maneiras e tratamentos que, se acontecessem cá, punham toda a gente a telefonar para a SIC a fazer queixinhas.
Tive agora ocasião de ver um vídeo, gravado em duas ocasiões na zona do “check in” do aeroporto de Lisboa, com aqueles happenings musicais que há umas companhias de espectáculos a vender pela Europa. Então aquilo é que é um aeroporto saturado?! Não chega para as encomendas!? Por amor de Deus!
O aeroporto Gago Coutinho, em Lisboa, ou no Porto, o Sá Carneiro, são aeroportos do “Lá vem um”. Ou punham aquela gente toda a dançar e meia dúzia de gatos pingados a ver num verdadeiro aeroporto internacional?! Aquilo faz-se no mercado de Valência para chamar fregueses, ou em inaugurações de centros comerciais na Polónia, porque em transportes só nos aeroportos portugueses ou de cuecas, no metro de Lisboa.
«24 horas» de 19 de Janeiro de 2010ESTOU HABITUADO a entrar nas listas de espera dos aeroportos mais movimentados para ter autorização de aterragem. JFK, em Nova York, talvez seja o pior, quase sempre com mais de meia hora às voltinhas para conseguir vez para aterrar. Frankfurt, Amsterdão e Heathrow, em Londres, não lhes ficam atrás.
Os serviços de terra destes e de muitos outros aeroportos reflectem a saturação natural dos milhões de pessoas que ajudam a embarcar e desembarcar, com maneiras e tratamentos que, se acontecessem cá, punham toda a gente a telefonar para a SIC a fazer queixinhas.
Tive agora ocasião de ver um vídeo, gravado em duas ocasiões na zona do “check in” do aeroporto de Lisboa, com aqueles happenings musicais que há umas companhias de espectáculos a vender pela Europa. Então aquilo é que é um aeroporto saturado?! Não chega para as encomendas!? Por amor de Deus!
O aeroporto Gago Coutinho, em Lisboa, ou no Porto, o Sá Carneiro, são aeroportos do “Lá vem um”. Ou punham aquela gente toda a dançar e meia dúzia de gatos pingados a ver num verdadeiro aeroporto internacional?! Aquilo faz-se no mercado de Valência para chamar fregueses, ou em inaugurações de centros comerciais na Polónia, porque em transportes só nos aeroportos portugueses ou de cuecas, no metro de Lisboa.
Etiquetas: JL
5 Comments:
Portugal é como o adolescente que quer ter sempre o telemóvel ou o monitor de último modelo.
Mesmo que ao lado tenha um velho com 150€ de reforma mensal ou no outro lado um desempregado sem qualquer tipo de apoio.
Salazar podia ser autocrático, déspota, anti-democrático. Mas uma coisa tinha a seu favor: é que sabia que um escudo era um escudo!
Pobretes, mas alegretes, mas provincianos até dizer basta!
E se a Portela é assim calma, isso implica que ainda não está saturado.
Se não está saturado, implica que ainda tem margem para acolher mais passageiros.
Se ainda pode acolher mais passageiros, implica que é mais que suficiente.
E se ainda é mais que suficiente, implica que não é preciso um aeroporto novo, seja na Ota ou em Alcochete.
E se não é preciso um aeroporto novo, implica assinar a petição:
Não à construção de um novo aeroporto, em http://www.petitiononline.com/naoaerop/petition.html
Não original, nem espontâneo, faz parte das formas de controlar o stress, ainda mais necessário quando o presidente Báráque optou, e bem, a via Bush, do terror pra governar.
O mais grave, a meu ver, são as faraónicas obras que estão a ser feitas neste aeroporto que, dizem eles, é para substituir. O novo terminal em construção tem 900 metros e dois andares. Se é para deitar abaixo, porquê estes milhares de milhões deitados à rua? E porque raios é que a comunicação social nada diz?
Obras deste calibre dão nas vistas, mas por cá a cegueira é tanta que até um elefante numa plantação de morangos passa despercebido.
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