Beldroegas de muitas maneiras
Por A. M. Galopim de Carvalho
É SABIDO, entre familiares e amigos mais chegados, o meu gosto muito especial pelas beldroegas. Estas ervinhas que «já mataram a fominha a muita gente», como lembrou Monarca Pinheiro, carnudas e aciduladas, são boas nas sopas, nas saladas, no esparregado e, até, em jeito de peixinhos-da-horta. Para além do seu interesse gastronómico tenho com elas uma profunda ligação dos tempos da adolescência. Nesses anos era frequente acampar com o meu irmão Mário e mais dois ou três amigos em locais não muito afastados da cidade, escolhidos em função da facilidade do transporte ou da caminhada a pé, do tempo disponível ou de um qualquer critério de ocasião. (...)
Texto integral [aqui]É SABIDO, entre familiares e amigos mais chegados, o meu gosto muito especial pelas beldroegas. Estas ervinhas que «já mataram a fominha a muita gente», como lembrou Monarca Pinheiro, carnudas e aciduladas, são boas nas sopas, nas saladas, no esparregado e, até, em jeito de peixinhos-da-horta. Para além do seu interesse gastronómico tenho com elas uma profunda ligação dos tempos da adolescência. Nesses anos era frequente acampar com o meu irmão Mário e mais dois ou três amigos em locais não muito afastados da cidade, escolhidos em função da facilidade do transporte ou da caminhada a pé, do tempo disponível ou de um qualquer critério de ocasião. (...)
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1 Comments:
Já estou na Alemanha há 3 anos e há uns dias sonhei com uma tal sandes de presunto com pão caseiro alentejano, que comia quando passava em Ferreira do Alentejo.
Hoje vem o professor lembrar-me da bela sopa de beldroegas que o meu pai fazia!
É caso para dizer que os porcos é que sabem.
Acho que há uns traumas que o povo tem e o tempo parece não resolver. O pão branco também foi ficando como nosso hábito por causa de os fidalgos serem no tempo dos descobrimentos os únicos que podiam levar a farinha branca, e por isso era fino comer esse pão.
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