Temos de Falar Logo à Noite
Por João Duque
QUANDO ERA MIÚDO e o meu pai dizia-me "- Temos de falar logo à noite!", eu sabia que não vinha aí coisa boa. Com sorte a "coisa" ficava só pelas palavras mas, às vezes, chegava mesmo, ui, a uma orelha, ou, zás, a uma bochecha...
Mesmo com conversa marcada em agenda, esta comunicação de Ano Novo do Presidente Cavaco Silva ao país lembrou-me a conversa de meu pai.
O discurso foi duro e realista sim, mas terá sido novo? Vamos fazer um pequeno teste: quais das afirmações abaixo fizeram parte do discurso do Presidente em 1 de Janeiro passado? (...)
Texto integral [aqui]QUANDO ERA MIÚDO e o meu pai dizia-me "- Temos de falar logo à noite!", eu sabia que não vinha aí coisa boa. Com sorte a "coisa" ficava só pelas palavras mas, às vezes, chegava mesmo, ui, a uma orelha, ou, zás, a uma bochecha...
Mesmo com conversa marcada em agenda, esta comunicação de Ano Novo do Presidente Cavaco Silva ao país lembrou-me a conversa de meu pai.
O discurso foi duro e realista sim, mas terá sido novo? Vamos fazer um pequeno teste: quais das afirmações abaixo fizeram parte do discurso do Presidente em 1 de Janeiro passado? (...)
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3 Comments:
A “Crise” teve o mérito de captar a atenção dos portugueses.
Nunca se debateu tanto a situação económica de Portugal.
Eu que sou um homem do povo médio/baixo posso mesmo dizer que o tema quase ombreou com o futebol e com os escândalos.
Há cerca de dois ou três anos, nem se falava de economia, tal era o estado de anestesia da maioria dos portugueses que viviam na mais pura ilusão de um estado de graça que parecia nunca ter fim e que, só a crise e os nºs da crise (desemprego; dívida pública) e as advertências externas (FMI; BCE e empresas de rating) vieram despertar.
Por isso este ano o impacto do discurso do PR foi maior, porque ao contrário dos discursos de anos anteriores, neste último, ele já não estava a falar “chinês”.
Devido ao facto de as pessoas estarem cada vez mais atentas e sensíveis a esses problemas, se Cavaco não der mais nenhuma barracada como a das "escutas", ganha facilmente a M. Alegre.
Este tem mais estofo humano e cultural(aliás, votei nele) mas, na situação actual, julgo que essas habilitações vão contar pouco...
Coitado do PR. Até parece que a culpa é dele e que o maus estado do país é coisa nova. O homem lá vai apontando o caminho e sinceramente chamando a atenção para algumas das questões mais importantes mas o governo e a AR não lhe ligam nenhuma e o povo limita-se a olhar de vez em quando, já sem esperança. Cada vez que fala acusam-no de querer atacar o governo, que com esta desculpa de ser atacado vai fazendo o que quer.
Melhores dias virão.(?...)
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