O Joio e o Trigo
Por Maria Filomena Mónica
NÃO VOU COMENTAR os artigos que os Prof. Doutores José Alberto de Azeredo Lopes e Maria Estrela Serrano, doutorados pela Universidade Católica do Porto e pelo ISCTE, escreveram, a propósito do anunciado encerramento do programa de Marcelo Rebelo de Sousa e do texto que, sobre tal assunto, aqui publiquei. O leitor teve acesso directo ao que povoa aquelas cabeças.
Para o caso de não se ter apercebido suficientemente do que se tratava, esclareço: a coberto da defesa do «pluralismo ideológico», a ERC pretende intervir na programação da TV estatal, de forma a favorecer o governo do dia.
(...) não penso que estes indivíduos tenham o prestígio suficiente para estar à frente de uma entidade que exige uma cultura geral invulgar, uma elevada capacidade intelectual e uma independência política à prova de bala. (...)
Texto integral [aqui]
NÃO VOU COMENTAR os artigos que os Prof. Doutores José Alberto de Azeredo Lopes e Maria Estrela Serrano, doutorados pela Universidade Católica do Porto e pelo ISCTE, escreveram, a propósito do anunciado encerramento do programa de Marcelo Rebelo de Sousa e do texto que, sobre tal assunto, aqui publiquei. O leitor teve acesso directo ao que povoa aquelas cabeças.
Para o caso de não se ter apercebido suficientemente do que se tratava, esclareço: a coberto da defesa do «pluralismo ideológico», a ERC pretende intervir na programação da TV estatal, de forma a favorecer o governo do dia.
(...) não penso que estes indivíduos tenham o prestígio suficiente para estar à frente de uma entidade que exige uma cultura geral invulgar, uma elevada capacidade intelectual e uma independência política à prova de bala. (...)
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Etiquetas: FM
6 Comments:
Escreva sempre assim Filomena Mónica.
Eu e uns quantos agradecemos.
E não se deprima. Eu e uns quantos ficaríamos mais sós.
Sabe, para além do tribunal de contas, pelo que escreve, e em que eu acredito,também a provedoria de justiça, na pessoa do Dr Meneres Pimentel, quando há uns anos lhe coloquei um problema de âmbito profissional, (me) tratou impecavelmente do assunto, e no final ainda tive direito a um telefonema para casa, a saber se tinha ficado satisfeito (isto é, também me tratou como gente). Foi das pouquíssimas vezes (e a única de que me lembro)que senti orgulho em ser português. Mas também sinto orgulho em haver portugueses (não se importa que não tenha que dizer portuguesas, pois não?)como a Filomena Mónica. Aqui há uns anos, quando a lia no extinto "o jornal", a fazer crítica de televisão, creio, achava-a muito sobranceira, mas faz bastante tempo que aprecio, admiro e recomendo tudo o que tenho lido de si. De tal sorte que um dia escrevi algures que, se neste país, que nunca melhora nem falece, houvesse possibilidade de adequar as pessoas à função, então eu propunha-a para chefiar aquela coisa a que chamamos "ministério da educão". Já vê quanto acho necessário o desassombro (honestidade frontal, melhor dizendo)das suas opiniões. E então, para o ministério da educação, aquele sistema em que tudo muda sempre mas nada melhora nunca, as suas propostas (e o seu apoio aos professores), havia de fazer muito bem a este nosso pobre (mas amado) rectângulo.
Cuide-se, e vá escrevendo. Isto é um pedido que, se eu pudesse, transformava numa (muito carinhosa) ordem.
Não leve pois a mal que deixe outro obrigado.
É uma justa homenagem que, infelizmente, não se vê repetida mais vezes.
Para mim o Sr. Guilherme d’ Oliveira Martins, ainda é, das pessoas em que os portugueses podem confiar.
Ele ruma impiedosamente contra a maré actual de falta de valores éticos de quem serve as instituições, apenas por ter os dele bem elevados e definidos.
Subscrevo integralmente o texto, com excepção de quando se diz que não tem carisma. Pois para mim, quando não se tem carisma natural, há que ganhá-lo e o Oliveira Martins conquistou-o com o seu exemplo de seriedade.
Devíamos gastar pelo menos, tanto tempo a valorizar quem faz bem, como aquele que gastamos a criticar quem faz mal.
Fazer trabalho sério e responsável, devia ser a norma e não a excepção, mas da maneira que isto anda, até mete medo.
Joio é coisa que povoa a cabeça desta mulher, desde sempre.
Joio que fosse. Muito mais valeria o joio da cabeça desta Senhora do que o "trigo" que tantos nos querem impingir.
É que isto de ser assumido e frontal, já é virtude imensa nos tempos que correm.
Acrescento que só conheço Filomena Mónica através de alguns dos seus escritos. E é quanto me basta. Em tempos de aldrabice consagrada e alardeada, tal "joio" é mais valioso que diamante (ou petróleo, ou droga, ou corrupção político-económico-académico-educacional à portuguesa).
É verdade, os casos e as suspeitas sucedem-se nesta democracia que alguns politólogos já chamam de "musculada". Sem sombra de dúvidas que o coração da democracia representativa e participativa é a liberdade de expressão no respeito pelas normas legais, e sobretudo, Constitucionais do Estado de Direito. Nós, cidadãos, devemos ser o quarto poder, uma vez que querem obstaculizar o antigo quarto poder ( a comunicação social ) e hoje existe, como nos diz lucidamente no seu artigo, um terceiro poder equilibrador e fiscalizador - o Tribunal de Contas sob a probidade de Oliveira Martins.
Publiquei no meu blogue uma recensão crítica sobre a biografia que a Excelentíssima Senhora Professora Maria Filomena Mónica escreveu sobre Fontes Pereira de Melo. Este meu texto está disponível em: www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
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