O ‘Pec’ado
Por João Duque
NÃO SOU, SEGURAMENTE, o mais habilitado para vos falar do “pecado” pelo menos em termos teológicos ou académicos.
Só posso, abusando da vossa paciência, falar-vos da minha experiência de pecador, muitas vezes arrependido, mas tantas vezes reiterado...
Relativamente ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), o que me preocupa é o profundo debate filosófico de natureza ética com que se devem debater internamente os membros do Governo. Vejamos.
Alguns dos actuais membros do Governo estiveram activamente envolvidos numa campanha eleitoral que, ainda em Setembro, dava sinais vibrantes de emoção e apego a posições políticas de profundo enraizamento numa orientação política de raiz, marcada por profundas divergências filosóficas com a oposição, sustentando rupturas fracturantes à esquerda e à direita. (...)
Texto integral [aqui]NÃO SOU, SEGURAMENTE, o mais habilitado para vos falar do “pecado” pelo menos em termos teológicos ou académicos.
Só posso, abusando da vossa paciência, falar-vos da minha experiência de pecador, muitas vezes arrependido, mas tantas vezes reiterado...
Relativamente ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), o que me preocupa é o profundo debate filosófico de natureza ética com que se devem debater internamente os membros do Governo. Vejamos.
Alguns dos actuais membros do Governo estiveram activamente envolvidos numa campanha eleitoral que, ainda em Setembro, dava sinais vibrantes de emoção e apego a posições políticas de profundo enraizamento numa orientação política de raiz, marcada por profundas divergências filosóficas com a oposição, sustentando rupturas fracturantes à esquerda e à direita. (...)
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2 Comments:
...de políticos enganadores
A sociedade sufocada
pelos impostos devoradores
sente a carteira atacada
por políticos enganadores.
Num programa comedido
por falta de crescimento
parece ficar perdido
o nosso entendimento.
Neste programa brincalhão
atestado de intenções
o afamado mexilhão
é o alvo das coacções.
Correndo o risco de me repetir, a ironia é um prato que nem todos sabem cozinhar. Quando inteligente é uma arma de poderoso efeito no despertar de consciências, entre o sorriso dos lábios e o fel que deixa no palato, quando fútil é inconsequente. Obviamente, este texto insere-se no primeiro caso.
Mas, questiono eu, ignara e lerda, como é que ainda se vota em programas de governo? Como é que se sobrepõe o eventual, um programa de governo politica e socialmente correcto, à realidade observável das condutas daqueles que o proclamam? Prosaicamente, quem é que este PS e José Sócrates enganam ainda? E no que é que a oposição se lhes difere? Não sabemos nós ao que vêm todos eles? Não sabemos nós quem conduziu este país à miséria moral e financeira na qual estamos mergulhados?
Povo de brandos costumes, afirmou um, sereno, garantiu outro. Eufemismos!
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