10.3.10

Viver na mentira e no medo do futuro

Por Baptista-Bastos

PERGUNTAMO-NOS, entre a perplexidade e o espanto, se exercemos o suficiente das nossas recusas para que nos não acontecesse a "dimensão" única que nos é rudemente imposta. Parece uma conjugação de perversidades, sem conciliação possível com os nossos dramas. José Sócrates insulta-nos quando a "crise internacional" se converte na categoria central do seu discurso político. E trata-nos como beócios como quando, anteontem, foi à televisão "explicar" o PEC. A verdade é singela: muito antes dos sismos cíclicos do capitalismo, já sofríamos a desestruturação trazida pelo "mercado". Sócrates não dispôs, por absoluta ignorância, de um projecto que se opusesse a essa ofensiva. E havia algumas possibilidades alternativas, entre as quais as propostas contidas num livro do socialista Fernando Pereira Marques, Esboço de Um Programa para os Trabalhos das Novas Gerações, lamentavelmente pouco conhecido. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger GMaciel said...

E perante semelhante destino, de forçada canga e imposta arreata, o que nos cabe fazer?

Se a sociedade se limita ao voto na urna, quase sempre optando pela escolha do mal menor, defendida por muito boa gente, permanecendo no limbo da anestesia generalizada e modorra inconsequente durante o resto de tempo entre eleições?!

Se continuo a ouvir loas ao excelente trabalho da maior fraude política em Portugal desde os idos de 74?! Tradição ou falta de coluna vertical?

Como já o disse algures, começo a cansar-me desta repetição à exaustão de argumentos, qual eco inconstante mas incontornável, sem que se vislumbre algo mais do que palavras. É o mesmo que voar deste lugar para aqui.

:(

10 de março de 2010 às 16:01  
Blogger Manuel Brás said...

Este desvairo descomunal deixa tudo f*****!

São tempos desenganados
por mil e uma ilusões
com valores enfunados
de desprezíveis infusões.

A aventura nacional
nestes anos entorpecidos
é um desvairo descomunal
que nos deixa esvanecidos.

As palmas de satisfação,
desta gente tão rosada,
é pura manifestação
de natura enfezada.

Dá vontade de gritar
de forma bem audível,
vincando o protestar
de asserção credível.

10 de março de 2010 às 16:07  
Blogger Manuel Brás said...

Epílogo:

O descrédito arrastado
deixa um lastro pesaroso
para um povo agastado
e muito pouco vigoroso.

É tal a sede de poder,
cega e insaciável,
fazendo tanto por render
a razão insociável.

10 de março de 2010 às 19:00  

Enviar um comentário

<< Home