Filme
Por João Paulo Guerra
MAS DEPOIS entrou em cena a Inspecção-Geral da Educação e de uma penada, ouvidos os pais, professores e colegas do desditoso miúdo, decidiu administrativa e rapidamente, e em força, que a escola não teve qualquer culpa na morte da criança e que esta não era vítima de agressões físicas ou psicológicas frequentes por parte dos colegas. Mas quando já se temia que a culpa pela trágica morte de uma criança viesse a morrer solteira - uma expressão bem portuguesa - eis que a Câmara Municipal de Mirandela, que tutela o pessoal não docente da escola que a criança frequentava, descobriu que pode ter havido falha humana. E ao fundo da escala de hipotéticas responsabilidades pelo trágico acontecimento pode estar... um porteiro da Escola EB 2,3 Luciano Cordeiro, de Mirandela. (...)
Texto integral [aqui]
O caso do jovem de 12 anos que morreu nos arredores de Mirandela, afogado nas águas do rio Tua, desde as primeiras notícias se apresentou turvado por relatos emocionais e sensacionalistas.
MAS DEPOIS entrou em cena a Inspecção-Geral da Educação e de uma penada, ouvidos os pais, professores e colegas do desditoso miúdo, decidiu administrativa e rapidamente, e em força, que a escola não teve qualquer culpa na morte da criança e que esta não era vítima de agressões físicas ou psicológicas frequentes por parte dos colegas. Mas quando já se temia que a culpa pela trágica morte de uma criança viesse a morrer solteira - uma expressão bem portuguesa - eis que a Câmara Municipal de Mirandela, que tutela o pessoal não docente da escola que a criança frequentava, descobriu que pode ter havido falha humana. E ao fundo da escala de hipotéticas responsabilidades pelo trágico acontecimento pode estar... um porteiro da Escola EB 2,3 Luciano Cordeiro, de Mirandela. (...)
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3 Comments:
A ser verdade, estarão a dizer que se o miúdo tivesse saído da escola para se suicidar (se é que foi mesmo suicídio) à hora normal de saída, ou se nem tivesse chegado a entrar, seria na mesma culpa do porteiro?
Tem é que se arranjar alguém para apontar como culpado. A justiça em pleno.
Déjà vu
Lembram-se?
"Electrocussão num semáforo do Campo Grande
Ruben Cunha, 14 anos, não arriscou atravessar a estrada com o sinal vermelho, mesmo em frente ao centro comercial Caleidoscópio, em pleno Campo Grande, Lisboa. Prudente, carregou no botão que apressa o semáforo verde mas uma descarga eléctrica enviou-o para a Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria, onde viria a falecer horas depois.
Em Setembro de 2001, um ex-servente de pedreiro - segundo a empresa que fornecia e fiscalizava os semáforos, a Eyssa Tesis, o funcionário responsável pela sua manutenção - foi condenado a dois anos e meio de prisão com pena suspensa."
Fronte : http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=963&id=166393
Será que só eu noto este fedor a putrefacção quando se fala em Justiça e Educação?
:(
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