10.5.10

Apontamentos de Lisboa

Av. Fontes Pereira de Melo, em Lisboa
5 Mai 10
DIZEM-ME que é possível processar a cambada que - quer por acção, quer por omissão - é responsável por situações vergonhosas (e perigosas) como esta. Alguém sabe se é verdade e, sendo-o, o que é que é preciso fazer? É que, por mim, estou pronto para avançar.

14 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Recentemente, já não sei onde, lancei uma questão:

O que anda a fazer Santana Lopes?

Houve milhares de lisboetas que votaram nele, ele foi eleito vereador para os defender... e não se ouve uma palavra da sua boca.

E, no entanto, nunca deve ter sido tão fácil fazer oposição como agora, em que a CML tem um presidente que está mais preocupado com o papa, o SLB e a Quadratura do Círculo do que com os verdadeiros problemas dos munícipes que, como o que aqui se documenta, lhes inferniza a vida.

10 de maio de 2010 às 19:33  
Blogger GMaciel said...

Sinceramente, não faço ideia de como processar os responsáveis, mas mesmo havendo essa possibilidade, duvido que o processo responsabilize quem quer que seja.


Esta frase saiu macarrónica, mas acho que dá para entender, não?

:)

10 de maio de 2010 às 19:36  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Diz-me um advogado reformado que, de facto, é possível mover acções populares.

Mas, quando me proponho passar isso à prática, só encontro gente a debitar conversa-fiada.

Imagino que a situação seja diferente se alguém partir uma perna, pois aí há um prejuízo concreto e quantificável. A incúria, por si só, parece que ficará eternamente impune.

Dizem-nos que essa incompetência poderá ser punida em futuras eleições. Certo. Mas isso justifica a pergunta que acima coloco:
E o que faz a Oposição?!

10 de maio de 2010 às 19:41  
Blogger GMaciel said...

Esse é o meu dilema constante: se uns não prestam, os outros não andam melhores.

Quanto à conversa fiada, é o costume do tuga. Costumo dizer que o tuga não liga muito à corrupção, pelo menos não tanto como deveria, porque não lho tiram directamente do bolso.

Isto não é sina, é praga!

10 de maio de 2010 às 21:00  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Outra cena escandalosa, na mesma artéria, um pouco mais acima - ver [aqui]

10 de maio de 2010 às 22:08  
Blogger GMaciel said...

Penso que foi a Clara Ferreira Alves quem escreveu algo seste género (isto por causa do termo escandaloso): não pode ser normal que neste país a anormalidade se tenha banalizado tanto que seja já a normalidade.

CMR, os portugueses estão tão habituados a serem maltratados por tudo o que é corja política, que já nem força têm para se escandalizar.

Quando é que isto mudará? Gostaria de ter a resposta, mas não faço a mínima ideia de qual seja.

10 de maio de 2010 às 22:18  
Blogger GMaciel said...

Eu não digo que isto é preocupante? Escrevi "seste" em vez de "neste"... e o ésse nem sequer está perto do éne.

ai, ai, ai, ai, ai...

:(
:)

10 de maio de 2010 às 22:20  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

O português tem medo de protestar. Teme as "represálias", e por vezes com alguma razão.

11 de maio de 2010 às 10:16  
Blogger Catarina said...

Que represálias?
Estão a ficar demasiado dóceis... por falta de outro termo mais apropriado. : )

11 de maio de 2010 às 11:48  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Há muitos exemplos:

O indivíduo que não se queixa do carteiro porque acha que ele lhe vai extraviar ainda mais cartas;

O que dá dinheiro, sem necessidade, ao arrumador de automóveis porque acha que ele lhe pode riscar o carro;

O que não apresenta queixa da Emel porque receia vir a ser perseguido (os fiscais fecham os olhos a umas infracções e não a outras);

O que receia ser chamado às Finanças se reclamar disto ou daquilo;

O que não chama a polícia (quando presencia um assalto) porque receia ser vítima dos ladrões;

Etc.


O que refiro são apenas CASOS CONCRETOS, que conheci.

11 de maio de 2010 às 13:58  
Blogger Catarina said...

Onde já chegámos!
Tem que haver uma solução. Portugal não pode acabar assim.
Há que investir na educação e a sério. A educação é o pilar de uma sociedade progressista.
Agora, falemos de algumas coisas boas que Portugal tem. Cinco exemplos! Faça-me esse favor, Carlos, de acordo com a sua opinião, evidentemente e para além das lindas praias algarvias e do sol que nos aquece mais intensamente nessa região! : )

11 de maio de 2010 às 16:55  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

5 coisas boas que temos:

1-Belíssimos vinhos
2-Magníficos chouriços
3-Inultrapassável capacidade de desenrascanço
4- idem, de sofrimento
5- (A preencher, quando me lembrar)

11 de maio de 2010 às 17:11  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Ah!

5 - Queijos da Serra
6 - Literatura (especialmente a de finais do séc XIX)

11 de maio de 2010 às 17:13  
Blogger Catarina said...

Pois é, Carlos…não esquecer as conquilhas, as ameijoas na cataplana, a deliciosa açorda de marisco... Tudo isto continua a ser muito pouco para o país andar para a frente, como se costuma dizer, mas não em direcção ao tal abismo – tão falado nos blogues – mas em direcção ao progresso. Pena!

11 de maio de 2010 às 17:36  

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