Ora bota aí!
NA DISCUSSÃO que por aí vai acerca da oportunidade dos grandes investimentos, é-me penoso constatar que muitas pessoas inteligentes vêem o assunto em temos exclusivamente partidários de "esquerda-direita". Na realidade, é muito mais fácil "apoiar os nossos e atacar o inimigo" do que pensar um pouco em coisas como «Quanto custa? Há dinheiro ou não? Quem vai pagar, como e quando? Os benefícios são superiores aos custos?»
E é particularmente irritante que aqueles que, com toda a pertinência e legitimidade, colocam essas questões (ou os que, muito simplesmente, pedem que nos mostrem as contas - que, decerto, foram feitas...) sejam apelidados de bota-abaixistas.
E é particularmente irritante que aqueles que, com toda a pertinência e legitimidade, colocam essas questões (ou os que, muito simplesmente, pedem que nos mostrem as contas - que, decerto, foram feitas...) sejam apelidados de bota-abaixistas.
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De qualquer forma, e a propósito de "bota-abaixo", aqui ficam as duas últimas imagens de uma velha anedota. A história completa tem mais 4 desenhos, que podem ser vistos [aqui].
4 Comments:
Nestas "guerras", está tudo muito bem enquanto se trata apenas de politiquice político-partidária.
O "caldo entorna-se" quando alguém (na Europa ou em Portugal) pede o óbvio: «Mostrem lá as contas que fizeram, nem que tenham sido só com lápis e papel».
Nessa altura, depois de algum embaraço e muita conversa da treta, há muita coisa que muda - como, aliás, sucedeu com a Ota.
Alguns "papistas" - também temos o direito de os alcunharmos, não? - não nos chamam apenas de bota-abaixistas, mas sim de ignorantes.
Eu rio-me sempre porque sei que a melhor defesa, para quem não tem argumentos, é o ataque.
Sucede que «os factos são muito teimosos», pelo que as conversas da treta, cedo ou tarde, esbarram no muro da realidade.
Há uma (entre muitas!) que não entendo: o TGV vindo de Espanha vai parar no Poceirão? E quantos vão até (e como) ao Poceirão para irem para Madrid?
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