Justiça a bel-prazer
Por Joaquim Letria
A MINISTRA da Educação, Isabel Alçada, foi condenada por desobediência ao Tribunal de Beja, cuja decisão judicial não acatou. O Estado foi condenado pelo Tribunal Constitucional por se servir duma lei ilegal aprovada pela Assembleia da República. Os manos Pinto, industriais de transportes famosos por terem sido os operacionais que montaram o buzinão da ponte que derrubou Cavaco, andam em liberdade depois de condenados por narcotráfico, sem que tenha sido assinada a ordem de prisão a que foram condenados.
Um deputado socialista que dava uma entrevista a uma revista apropriou-se dos gravadores dos jornalistas que o interrogavam sobre um caso de pedofilia e o recurso a uma empresa “off-shore”. Os parlamentares do PS aplaudiram-no e puseram-no a presidir à comissão de Segurança Interna.
A gente lembra-se que os tribunais se destinam a fazer justiça. Mas estes casos dão a impressão de que há muitos responsáveis políticos a menosprezar a justiça se não se servem dela a seu bel-prazer. Talvez porque haja certos magistrados e juízes que não se dão ao respeito, ao contrário do que aconteceu agora com os juízes de Beja e do palácio Ratton.
«24 horas» de 10 Mai 10A MINISTRA da Educação, Isabel Alçada, foi condenada por desobediência ao Tribunal de Beja, cuja decisão judicial não acatou. O Estado foi condenado pelo Tribunal Constitucional por se servir duma lei ilegal aprovada pela Assembleia da República. Os manos Pinto, industriais de transportes famosos por terem sido os operacionais que montaram o buzinão da ponte que derrubou Cavaco, andam em liberdade depois de condenados por narcotráfico, sem que tenha sido assinada a ordem de prisão a que foram condenados.
Um deputado socialista que dava uma entrevista a uma revista apropriou-se dos gravadores dos jornalistas que o interrogavam sobre um caso de pedofilia e o recurso a uma empresa “off-shore”. Os parlamentares do PS aplaudiram-no e puseram-no a presidir à comissão de Segurança Interna.
A gente lembra-se que os tribunais se destinam a fazer justiça. Mas estes casos dão a impressão de que há muitos responsáveis políticos a menosprezar a justiça se não se servem dela a seu bel-prazer. Talvez porque haja certos magistrados e juízes que não se dão ao respeito, ao contrário do que aconteceu agora com os juízes de Beja e do palácio Ratton.
Etiquetas: JL
3 Comments:
eu era amigo dos manos pinto , sobretudo do jaime e essa do narcotráfico nunca me cheirou . será que foi um arranjinho político para os calar ?
"A gente lembra-se que os tribunais se destinam a fazer justiça"
Lembra-se? Confesso que há já alguns anos que tenho uma certa dificuldade em me lembrar de tal coisa.
:(
Há mais de duas décadas e meia, a propósito de um qualquer escândalo que já não recordo, tantos e tais têm acontecido, ouvi a um professor meu de Coimbra: Em Portugal, a justiça compra-se!
Pobres dos pobres e dos menos pobres, a quem o poder de compra não permite tais luxos...
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