A última palavra...
QUANDO se concebe um título, há que ter alguns cuidados, o primeiro dos quais é não atraiçoar o espírito do texto a que respeita.
Repare-se neste caso: evidentemente, Jorge Miranda não disse a enormidade que aqui se lê. O que ele disse, como aliás pudemos ouvir, foi: «Os portugueses têm o direito de não pagar impostos retroactivos». É um pouco diferente - ou não é?
Repare-se neste caso: evidentemente, Jorge Miranda não disse a enormidade que aqui se lê. O que ele disse, como aliás pudemos ouvir, foi: «Os portugueses têm o direito de não pagar impostos retroactivos». É um pouco diferente - ou não é?
4 Comments:
Não sei se o título foi retirado do jornal on-line ou em papel. Eu vi-o em papel e fiquei passado.
Em papel.
Em sentido lato não deixa de ser verdade. É claro que não se aplica em todas as circunstâncias como fica a parecer por esse título. Mas as pessoas compram, não é?
Por exemplo:
"O senhor quis fazer explodir uma bomba no centro comercial?"
"Eu quis impedir quem a colocou!"
E no jornal aparece a transcrição do que o homem disse: "Eu quis!"
A mim, fica-me (quase) sempre a dúvida: o que leva à "mutilação" das citações?
Incapacidade de síntese por parte do articulista? Ou a procura febril por um título de caixa que chame de imediato a atenção mesmo que contrarie o que de facto foi dito?
Se é verdade que tenho noção de que, em alguns dos casos, se aplica a primeira hipótese, também o é que, a meu ver tristemente, a segunda ganha por margem avultada.
Vivemos cada vez mais numa sociedade de desinformação (?)
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