Um erro crasso
Por Joaquim Letria
A REVISTA "TIME" perdeu mais dum milhão de leitores na última década e a “Newsweek” está no estaleiro, à espera que alguém com dinheiro e coragem a tire da doca seca.
A situação dos semanários de informação geral é má em toda a parte. Não vendem, não convencem e a publicidade que neles ainda há quem invista revela-se uma perda.
O "boom” dos semanários fazia a minha geração precipitar-se para as bancas para desfrutar da leitura que raramente se encontrava nos diários amordaçados pela ditadura ou, mais tarde, por estes e por aqueles.
Mas deixou de ser assim. Antes de mais, por virtude dos diários que souberam transformar-se em interessantes semanários que saem todos os dias. Depois, porque a Internet mudou os hábitos de leitura, com uma oferta de informação impossível de contrariar.
Também os leitores são outros e os de agora já vêm dos audiovisuais, o que não os leva a procurarem nos jornais aquilo que encontram de outro modo.
O “Le Point”, o “Express”, o “Nouvel Observateur”, de França, o “L’Espresso” e o “Panorama” italianos, a “Tiempo” e a “Fortuna” espanholas resvalam para o passado, por muito que nos custe. Resistem “The Economist” e a “Spiegel”.
Fala-se pouco desta decadência. Talvez por julgarmos ter muita informação e opinião. Um erro crasso!
«24 horas» de 10 Jun 10A REVISTA "TIME" perdeu mais dum milhão de leitores na última década e a “Newsweek” está no estaleiro, à espera que alguém com dinheiro e coragem a tire da doca seca.
A situação dos semanários de informação geral é má em toda a parte. Não vendem, não convencem e a publicidade que neles ainda há quem invista revela-se uma perda.
O "boom” dos semanários fazia a minha geração precipitar-se para as bancas para desfrutar da leitura que raramente se encontrava nos diários amordaçados pela ditadura ou, mais tarde, por estes e por aqueles.
Mas deixou de ser assim. Antes de mais, por virtude dos diários que souberam transformar-se em interessantes semanários que saem todos os dias. Depois, porque a Internet mudou os hábitos de leitura, com uma oferta de informação impossível de contrariar.
Também os leitores são outros e os de agora já vêm dos audiovisuais, o que não os leva a procurarem nos jornais aquilo que encontram de outro modo.
O “Le Point”, o “Express”, o “Nouvel Observateur”, de França, o “L’Espresso” e o “Panorama” italianos, a “Tiempo” e a “Fortuna” espanholas resvalam para o passado, por muito que nos custe. Resistem “The Economist” e a “Spiegel”.
Fala-se pouco desta decadência. Talvez por julgarmos ter muita informação e opinião. Um erro crasso!
Etiquetas: JL
2 Comments:
Um erro que já pagamos e continuaremos a pagar, mais que não seja pelo vazio que deixaremos como herança. E como o buraco escavado pela criança à beira-mar é cheio da água trazida pela maré, assim esse vazio será cheio do que melhor servir os intentos dos senhores do mundo.
Já assim é.
A única coisa que é verdadeiramente permanente é a própria mudança.
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