3.7.10

Carlos, o mestre-escola

Por Antunes Ferreira

TRATA-SE DO FAMIGERADO Queiroz a que temos direito, mas, atenção, é o Carlos, que o nosso Eça não tem nada a ver, felizmente, com esta embrulhada. Trata-se do alegado responsável pela selecção nacional que se portou de forma medíocre no Mundial da África do Sul. Trata-se de um sujeito portador de verborreia aguda, inconsequente e incompreensível, quando fala, em Português, sem tradutor.

Esta equipa nacional pode ser tudo, mas não é uma… equipa. É um molho de jogadores, alguns deles bons, um que outro óptimo, mas sem nada a uni-los. Porque quem a dirige não o consegue fazer – não o sabe fazer. Poderão dizer-me que enfileirei no clube dos treinadores de bancada, ora apontado como atacante do professor. Todos nós o somos. E 85 % rejeitam o homem. Que, para ser verdade, deveria, ele sim, incutir espírito atacante na selecção. (...)

Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger GMaciel said...

O problema é que não estamos habituados a que as pessoas digam o que lhes vai na mente. Pelo contrário, o política e socialmente correcto fez escola e ninguém, ou muito poucos, têm coragem de passar essa barreira.

C. Ronaldo fê-lo, como o faria eu, que sou uma desbocada e não tenho um décimo das razões dele para ser "vaidosa", e levaram-no a mal por ser honesto.

É a tugalândia no seu esplendor.

3 de julho de 2010 às 15:45  
Blogger José Batista said...

Pequena confissão:
Sempre que venho a este blogue, venho na esperança de, para além disfrutar do que os autores nos oferecem, poder ler os comentários de Graça Maciel.
E quando os não encontro quase me apetece chamá-la, a plenos pulmões:
GRAAAAAAAAAÇA MACIEEEEEEEEEEEEL!
Pronto, já confessei.

4 de julho de 2010 às 19:14  
Blogger GMaciel said...

Amigo José Batista, ainda não controlei o riso embora já consiga escrever nestas coisas que dançam à frente dos meus olhos, não sei se das lágrimas de riso, se da porcaria das lentes que precisam ser mudadas.

:))))

abraço

4 de julho de 2010 às 21:57  
Blogger XR said...

GMacial será porventura "gente do nuorte"?
É que no trato com a gente comum do norte de Portugal, pessoas que encontramos nos passeios, nas pastelarias, em supermercados, de forma geral dizem na cara o que têm a dizer; lá que o façam com um palavreado mais "colorido" do que a malta do sul isso é outra coisa, mas faz parte.

Criticam o moço? Epá, também sou daquelas que acha que ele não tem estofo para capitão. Mas que tem direito ao desabafo, para mais da forma como o fez, tem.

Nós é que estamos, como diz GMaciel, tão habituados ao politicamente correcto, que até referimos alguém que diz o que lhe vai na alma como "diz tudo como os malucos".

Desculpem então a maluqueira, mas a minha tensão arterial e sanidade mental (pelos meus padrões) dá-se muito melhor com a verdade frontal.
É como estar numa praia de naturismo e andar nu - quem não quiser que não olhe. Mas não haverá de faltar quem os chame de maluquinhos ;)

5 de julho de 2010 às 15:03  
Blogger GMaciel said...

Caro XR, por acaso não sou do nourte, carago, nem do sul a bem dizer, sou ilhoa, ou seja, sou açoriana. Tenho a língua mais lesta do que olho e já arranjei muitos problemas com a dita cuja, mas há coisas que nem com um pelotão de fuzilamento à frente me calam.

De vez em quando também me sai esse colorido do norte, para ser franca. Deve ser costela longínqua.

:)

5 de julho de 2010 às 18:52  
Blogger XR said...

Ora, cara GMaciel, eu nem nortenha, nem sulista, nem ilhoa embora tenha costela beirã por parte do pai.
Não imagina é o que me ri, desalmadamente e sem que a família percebesse o porquê, a ler um livro de Saramago (é que ainda por cima ler Saramago seria supostamente algo a ser levado com alguma seriedade).

Se o fizesse num transporte público ia chocar meio mundo, provavelmente. Mas a explicação tem a ver directamente com este post: Antunes Ferreira fala do Queiroz a que temos direito sem que o Eça tenha tido algo a ver.
Mas se calhar Pessoa até teve!

É que, n'O Ano da Morte de Ricardo Reis, este conversa com Fernando Pessoa sobre um prémio literário que naquele ano teria sido entregue a.... (tcharan!) Carlos Queirós. E fica no ar a ideia de que o ganhou porque "era lá da redacção" - ou seja, um amigalhaço.

Encontram-se coisas muito engraçadas em sítios insuspeitos, não acham?

7 de julho de 2010 às 12:28  

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