O meu amigo Aquilino
Por Alice Vieira
O ALFREDO foi preso.
A Rosa chora dia e noite, sobretudo quando se lembra do Sr.Mateus, nosso vizinho preso já há meses e de quem nunca mais se ouviu falar.
O meu pai já lhe disse que o Sr. Mateus é diferente: foi apanhado a fazer uma bomba. Ao passo que o Alfredo foi levado num grupo de muitos, que tinham sido denunciados à Secreta, mas não havia bombas nenhumas.
- Além disso — explica ele — diz-se por aí que o Mateus fugiu para França.
- Ai, Sr. Fernando!, pela sua rica saúde, não me diga que o meu Alfredo vai fugir para França!
E a Rosa corre para a cozinha, enquanto o meu pai aproveita para dizer que os da Carbonária são todos uns inconscientes, sem cuidado nenhum, e por isso estão sempre a ser presos. (...)
Texto integral [aqui]
O ALFREDO foi preso.
A Rosa chora dia e noite, sobretudo quando se lembra do Sr.Mateus, nosso vizinho preso já há meses e de quem nunca mais se ouviu falar.
O meu pai já lhe disse que o Sr. Mateus é diferente: foi apanhado a fazer uma bomba. Ao passo que o Alfredo foi levado num grupo de muitos, que tinham sido denunciados à Secreta, mas não havia bombas nenhumas.
- Além disso — explica ele — diz-se por aí que o Mateus fugiu para França.
- Ai, Sr. Fernando!, pela sua rica saúde, não me diga que o meu Alfredo vai fugir para França!
E a Rosa corre para a cozinha, enquanto o meu pai aproveita para dizer que os da Carbonária são todos uns inconscientes, sem cuidado nenhum, e por isso estão sempre a ser presos. (...)
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