26.7.10

Uma história de gosto duvidoso

Por Rui Tavares

CONTAM os jornais que Paulo Portas, dono e senhor de um partido com cerca de onze por cento, se ofereceu para formar governo com os dois partidos “grandes” do sistema.

Permitam-me uma glosa.

Há anos vi um tipo atravessar a rua. Era numa cidade estrangeira, eu estava sentado numa esplanada de esquina, e aquele tipo chamou-me a atenção porque trazia uma daquelas t-shirts com uma frase escrita e eu — leitor compulsivo que sou — nunca consigo deixar de prestar atenção, apesar da minha miopia me obrigar a semicerrar os olhos muitos metros antes de conseguir ler o que lá vem escrito. (...)

Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger Mentiroso said...

«A democracia tem destes paradoxos: é para ser governada em maioria, mas quando se forma uma supermaioria é apenas porque o programa é tão-antidemocrático que nenhum dos atores se quer queimar com ele.»

Será mesmo assim ou só em países onde a corrupção anda à vela com o vento assoprado por uma população que a aprova?

A Finlândia, por exemplo, há muito governada por coalições multi-partidárias, nos fins da década de 1990 teve um governo em que entravam 14 (catorze). Nunca houve problemas do género dos de cá, onde, afinal, todos os governos são minoritários por geralmente serem eleitos por cerca de 40% da população. Dir-se-ia melhor que é realmente necessário que um país seja verdadeiramente democrático e civilizado para que um governo representativo das votações possa governar.

Também não se compreende que os muitos milhões dados aos cães em reformas douradas ou vitalícias com um par de anos de serviço, ou de diferenças salariais inexistentes em países democráticos – onde os maiores jamais são tantos múltiplos como cá – não pudessem ter uma melhor aplicação. E a justiça social?

27 de julho de 2010 às 04:10  

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