Vamos a banhos
Por Alice Vieira
Texto integral [aqui]
PARECE que é desta que vamos para Pedrouços.
Todos os dias a minha mãe insistia, mas o meu pai torcia o nariz, com os argumentos de sempre - a situação política instável e o nascimento do meu irmão.
A minha mãe tentava sossegá-lo:
- A monarquia, por muito que lhe custe, está de pedra e cal, e o nosso filho só nasce em fins de Outubro. Não vejo motivo nenhum para não irmos em Agosto para Pedrouços. De resto, a D. Bebiana está à nossa espera, e nunca aluga a casa a mais ninguém. Era uma grande desfeita que lhe fazíamos. (...)
Todos os dias a minha mãe insistia, mas o meu pai torcia o nariz, com os argumentos de sempre - a situação política instável e o nascimento do meu irmão.
A minha mãe tentava sossegá-lo:
- A monarquia, por muito que lhe custe, está de pedra e cal, e o nosso filho só nasce em fins de Outubro. Não vejo motivo nenhum para não irmos em Agosto para Pedrouços. De resto, a D. Bebiana está à nossa espera, e nunca aluga a casa a mais ninguém. Era uma grande desfeita que lhe fazíamos. (...)
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Etiquetas: AV
Afixado por: Alice Vieira às 11:00
1 Comments:
Ir a banhos sempre me pareceu uma expressão estranha, porque os portugueses só desenvolveram hábitos higiénicos há relativamente pouco tempo (apesar de "estudos" apontarem para que não lavem as mãos depois da utilização da casa de banho. Algo que as pessoas que frequentam cafés sabem, sem necessidade de estudos). bfds
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