Escola
Por João Paulo Guerra
COMEÇOU o ano escolar com alunos sem professores, professores sem alunos, escolas fechadas sem alunos nem professores, escolas em obras.
O costume. Nos tempos do salazarismo, as escolas chegavam para todos, porque eram frequentadas por uma minoria. Havia como hoje os colégios particulares, os estabelecimentos públicos designavam-se escolas da Câmara, mas a maioria da miudagem, nas aldeias, vilas e cidades, andava descalça e não ia à escola. Ainda sobrevivem desses tempos tenebrosos de obscurantismo meio milhão de analfabetos. Depois, com a democracia, o ensino passou a ser obrigatório e funcionar para as estatísticas. E o insucesso e abandono escolar varrem-se para debaixo do tapete. (...)
Texto integral [aqui]COMEÇOU o ano escolar com alunos sem professores, professores sem alunos, escolas fechadas sem alunos nem professores, escolas em obras.
O costume. Nos tempos do salazarismo, as escolas chegavam para todos, porque eram frequentadas por uma minoria. Havia como hoje os colégios particulares, os estabelecimentos públicos designavam-se escolas da Câmara, mas a maioria da miudagem, nas aldeias, vilas e cidades, andava descalça e não ia à escola. Ainda sobrevivem desses tempos tenebrosos de obscurantismo meio milhão de analfabetos. Depois, com a democracia, o ensino passou a ser obrigatório e funcionar para as estatísticas. E o insucesso e abandono escolar varrem-se para debaixo do tapete. (...)
Etiquetas: autor convidado, JPG
3 Comments:
O estado do ensino é mais como JPG diz, realmente.
Mas o mais hilariante da democracia é que TODOS têm capacidade para completar a escola: e, de facto, têm, desde que lhe baixem os objectivos e utilidade.
Se, ao que diz JPG, juntarmos a "comunicação" ao país - leia-se, alunos, pais e professores - da inenarrável ministra da educação, naquele tom displicente de quem discursa a mentecaptos, ficamos com um estranho amargo de boca e uma espécie de borboleta às voltas no estômago.
A mediocridade saiu à rua, entra pelas nossas casas via televisão e toma de assalto as nossas escolas.
Que futuro?
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