14.9.10

Escola

Por João Paulo Guerra

COMEÇOU o ano escolar com alunos sem professores, professores sem alunos, escolas fechadas sem alunos nem professores, escolas em obras.

O costume. Nos tempos do salazarismo, as escolas chegavam para todos, porque eram frequentadas por uma minoria. Havia como hoje os colégios particulares, os estabelecimentos públicos designavam-se escolas da Câmara, mas a maioria da miudagem, nas aldeias, vilas e cidades, andava descalça e não ia à escola. Ainda sobrevivem desses tempos tenebrosos de obscurantismo meio milhão de analfabetos. Depois, com a democracia, o ensino passou a ser obrigatório e funcionar para as estatísticas. E o insucesso e abandono escolar varrem-se para debaixo do tapete. (...)
Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger José Batista said...

O estado do ensino é mais como JPG diz, realmente.

14 de setembro de 2010 às 21:50  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Mas o mais hilariante da democracia é que TODOS têm capacidade para completar a escola: e, de facto, têm, desde que lhe baixem os objectivos e utilidade.

15 de setembro de 2010 às 10:43  
Blogger GMaciel said...

Se, ao que diz JPG, juntarmos a "comunicação" ao país - leia-se, alunos, pais e professores - da inenarrável ministra da educação, naquele tom displicente de quem discursa a mentecaptos, ficamos com um estranho amargo de boca e uma espécie de borboleta às voltas no estômago.

A mediocridade saiu à rua, entra pelas nossas casas via televisão e toma de assalto as nossas escolas.

Que futuro?

15 de setembro de 2010 às 12:30  

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