Ó Lua que vais tão alta
Por Antunes Ferreira
DEFINITIVAMENTE, a tradição já não é o que era. Ao longo do tempo, a Lua serviu de inspiração a poetas e prosadores, condicionou as marés, equacionou os partos, influenciou a agricultura, alumiou as religiões; e as devoções. A nossa, pois que existe, só no sistema solar, uma caterva delas. A Terra, modestamente, possui só uma. Talvez por isso se farte de trabalhar diversificadamente. E convém não nos esquecermos que apenas tem dois quartos. Tudo indica, sem casa de banho.
Tome-se o exemplo do Portugal que somos. O Povo, essa entidade anónima, matreira e sabedora, que anteriormente cheirava mal dos pés e dos sovacos, dispensou-lhe sempre uma enorme atenção. (...)
DEFINITIVAMENTE, a tradição já não é o que era. Ao longo do tempo, a Lua serviu de inspiração a poetas e prosadores, condicionou as marés, equacionou os partos, influenciou a agricultura, alumiou as religiões; e as devoções. A nossa, pois que existe, só no sistema solar, uma caterva delas. A Terra, modestamente, possui só uma. Talvez por isso se farte de trabalhar diversificadamente. E convém não nos esquecermos que apenas tem dois quartos. Tudo indica, sem casa de banho.
Tome-se o exemplo do Portugal que somos. O Povo, essa entidade anónima, matreira e sabedora, que anteriormente cheirava mal dos pés e dos sovacos, dispensou-lhe sempre uma enorme atenção. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: AF
1 Comments:
Depois de grande período de doença, que não quero falar nem pensar mais, volto aqui para repetir que continuo a adorar os textos do Antunes Ferreira. Acescento: a tradição já não é o ea e a Lua também já não é o que era.
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