Viva o FMI!
Por Joaquim Letria
NOS ANOS da ressaca do 25 de Abril, esteve cá o FMI e ficou até hoje, pelo menos numa canção do Zé Mário Branco e na recordação das pernas bem torneadas duma senhora de apelido arménio que por cá andou.
A senhora pôs-nos a pão e laranja para não escorrermos pelo esgoto em que os nossos políticos da época nos meteram e em que o Sócrates e “sus muchachos” nos despejaram agora.
Bem escusávamos de ter sacrificado a nossa juventude se soubéssemos que na nossa velhice vinha outra corja dar cabo do resto.
É bem feito, para nunca nos esquecermos de que há sempre sequelas. Até houve quem escrevesse “O Filho do Conde de Montecristo”… E esta cambada está lá porque votaram neles, a populaça que não se queixe!
Só ouço queixumes por vir aí o FMI. Não percebo! Deixem vir os homens, que são sérios e competentes! Se até pode vir um árbitro espanhol apitar o Porto-Benfica, que soberania é que nos resta para a gente perder mais, por vir o FMI acabar com o regabofe dos “boys” do Largo do Rato, filhos dos cavalheiros da Rua da Emenda? O FMI que venha e faça o favor de meter a piolheira na ordem!
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NOTA (CMR): Como é sabido, Joaquim Letria escreve vários géneros de crónicas. Para comentários sobre a actualidade, nasceu o blogue A Mosca Varejeira, onde esta crónica também pode ser lida e comentada.
NOS ANOS da ressaca do 25 de Abril, esteve cá o FMI e ficou até hoje, pelo menos numa canção do Zé Mário Branco e na recordação das pernas bem torneadas duma senhora de apelido arménio que por cá andou.
A senhora pôs-nos a pão e laranja para não escorrermos pelo esgoto em que os nossos políticos da época nos meteram e em que o Sócrates e “sus muchachos” nos despejaram agora.
Bem escusávamos de ter sacrificado a nossa juventude se soubéssemos que na nossa velhice vinha outra corja dar cabo do resto.
É bem feito, para nunca nos esquecermos de que há sempre sequelas. Até houve quem escrevesse “O Filho do Conde de Montecristo”… E esta cambada está lá porque votaram neles, a populaça que não se queixe!
Só ouço queixumes por vir aí o FMI. Não percebo! Deixem vir os homens, que são sérios e competentes! Se até pode vir um árbitro espanhol apitar o Porto-Benfica, que soberania é que nos resta para a gente perder mais, por vir o FMI acabar com o regabofe dos “boys” do Largo do Rato, filhos dos cavalheiros da Rua da Emenda? O FMI que venha e faça o favor de meter a piolheira na ordem!
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NOTA (CMR): Como é sabido, Joaquim Letria escreve vários géneros de crónicas. Para comentários sobre a actualidade, nasceu o blogue A Mosca Varejeira, onde esta crónica também pode ser lida e comentada.
Etiquetas: JL
4 Comments:
O que todos sabem é que vêm aí medidas MUITO duras com o Orçamento que se prepara; mas que, se não for aprovado, vem aí o FMI, com outras muito mais gravosas.
Sucede que o mais certo é que as medidas que o governo se propõe tomar não serão suficientes, o que levará à necessidade de mais "PECs".
Se assim for, a comparação não deve ser feita entre a dureza das medidas do FMI e as que estão previstas para agora,
mas sim
entre essas medidas do FMI e o CONJUNTO das que serão tomadas mesmo sem ele: as de agora, mais as de um futuro não muito distante.
E cá estamos nós, outra vez, a relembrar o conselho do Sr. Nicolau: «Faz o mal de uma vez só...»
Eu também já estou por tudo, caro Letria. Se com os que temos a porcaria é a mesma, que se pague a um governo de fora a ver se faz melhor.
Mas o tuga gosta disto, de outra forma não se compreende este paso doble que arrastamos há 3 décadas.
abraço
nota: já comentado no estaminé :)
O único problema é que as medidas do FMI apenas irão incidir sobre o contribuinte, endurecendo-as em relação ao previsto pelo Orçamento e não (como devia) sobre o corte da despesa do Estado, para acabar com os tais boys do Rato.
De resto… venha de lá o FMI ou a China que tanto se me dá!!!
Ainda assim escolhia a China! :-))
Eu acredito, piamente, que o FMI seria "terrível" em termos de "remédios" que viria a aplicar aqui.
O que sucede, é que tudo o que oiço a esse respeito corresponde a coisas que a actual rapaziada (PS / PSD) já fez, se prepara para fazer em breve, ou fará nos anos que vêm.
Ou seja: a escolha parece ser entre uma injecção (dada de uma vez só) ou outra (em várias "prestações").
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