O tempo e a falta dele
Por Nuno Crato
MAIS uma vez, ao ir levar um amigo estrangeiro ao comboio, esqueci-me de escolher a velha estação de Santa Apolónia e fui levá-lo à Gare Oriente. Má escolha! Não tive outro remédio se não sair do carro e acompanhá-lo — ele jamais descobriria a tempo onde são as bilheteiras. Comprámos a passagem e levei-o à escada para a plataforma. O meu amigo olhava em volta, confuso, e perguntou-me: «Quanto tempo falta?»
Reparei então que não havia nenhum relógio à vista e amaldiçoei de novo a escolha. Em Santa Apolónia não haveria dúvida: o relógio está à vista de todos, no local onde todos o procuram, no centro, bem no topo, comandando tudo. Assim deveria ser. (...)
Texto integral [aqui]
MAIS uma vez, ao ir levar um amigo estrangeiro ao comboio, esqueci-me de escolher a velha estação de Santa Apolónia e fui levá-lo à Gare Oriente. Má escolha! Não tive outro remédio se não sair do carro e acompanhá-lo — ele jamais descobriria a tempo onde são as bilheteiras. Comprámos a passagem e levei-o à escada para a plataforma. O meu amigo olhava em volta, confuso, e perguntou-me: «Quanto tempo falta?»
Reparei então que não havia nenhum relógio à vista e amaldiçoei de novo a escolha. Em Santa Apolónia não haveria dúvida: o relógio está à vista de todos, no local onde todos o procuram, no centro, bem no topo, comandando tudo. Assim deveria ser. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: NC
1 Comments:
Apetece-me insultá-lo!
Se o seu amigo não tem relógio,compre um e ofereça-lho no Natal!Está à porta...
Regresse ao país a sério que largou para nos vir aturar...e tb. aborrecer...
Enviar um comentário
<< Home