26.11.10

NO FILME «Rebecca», que Hitchock realizou a partir do romance homónimo, o mestre segue, com grande fidelidade, a obra de Daphne du Maurier. É por isso que constitui uma surpresa (para quem leu o livro e viu o filme) o facto de ele ter modificado "ligeiramente" o final, por forma a obter um efeito dramático mais de acordo com o que o espectador, porventura, espera (ou deseja?). Essa parte pode ser vista a partir dos 4m 55s, no vídeo que aqui se mostra. Alguém quer abordar essa curiosidade?
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NOTA: o filme está disponível no YouTube, dividido em 13 parcelas com cerca de 9 minutos cada. Quando termina a 1ª (que se pode ver [aqui]), aparece o link para a 2ª - e assim sucessivamente. Embora não esteja legendado em português, percebe-se bem, até porque, à parte um ou outro pormenor acerca de barcos, não é usado inglês técnico.

2 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Já agora:

Há ainda uma diferença curiosa, logo na 1ª parte do filme:

Maxime está à beira da falésia, a olhar para o mar. Está decerto a recordar a falecida mulher (Rebecca - que, segundo ele, morreu afogada), mas o espectador chega a pensar que ele vai cair ou se vai atirar dali (o que não é plausível, visto ele ser a personagem principal...).

Ouve-se, então, um grito de uma jovem; ele vira-se, irritado, e pergunta «Who are you?!»

No livro, a pergunta não faria qualquer sentido, pois foi ele mesmo que levou lá a cachopa (com quem, por sinal, vem a casar...)

26 de novembro de 2010 às 13:08  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

No livro, tudo é contado na 1ª pessoa, precisamente pela jovem que vem a ser a 2ª mulher de Maxime (Laurence Olivier). Todo o drama gira em volta da dificuldade que ela tem em se impor, nomeadamente junto da governanta (que vive na adoração da antiga patroa, Rebeca).

Quando se lê o livro (que, pelo menos inicialmente, parece a clássica história de amor - o quarentão rico que casa com a jovem pobre), mal se compreende como é que Hitchcock fez da obra um filme "dos seus". Mas o certo é que fez - e muito bem!

Curiosidade adicional: o livro «Os Pássaros» também foi escrito pela mesma autora.

26 de novembro de 2010 às 14:37  

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