Chamar o patrão e deixá-lo à espera
Por Ferreira Fernandes
A COISA pode ser vista desta forma: acusa-se os partidos de não se abrirem à sociedade civil e, agora, que temos um partido a convidar um independente, chovem críticas?!!!
E a coisa pode ser vista desta forma: um cidadão com responsabilidades políticas maiores que as de simples eleitor (ainda há meses foi candidato à Presidência da República), que há semanas disse que não aceitava o convite de nenhum partido, aceitou?!!!
O caso Fernando Nobre daria para passar uma bela semana de discussão acalorada como a de dois compadres jogando cartas numa soalheira aldeia da costa alentejana. Daria, condicional. Mas é melhor não dar. Não leram as notícias? Aqueles compadres, aquela aldeia e o País inteiro estão falidos. Ora quem não tem dinheiro não deve ter o vício de estéreis discussões acaloradas. Não percamos tempo a glorificar a abertura de espírito, se é que há um, do convite. Nem a insultar o oportunismo, se é que há um, no aceitar do convite...
Chega hoje a Lisboa o FMI, porque se considerou inevitável e imprescindível que chegasse, e esse FMI vai ter de esperar várias semanas até ter um interlocutor com quem possa, mesmo, decidir. Essa, sim, uma discussão útil: como é possível a vida política de um país ter o ritmo de dois compadres jogando cartas numa soalheira aldeia da costa alentejana?
«DN» de 12 Abr 11A COISA pode ser vista desta forma: acusa-se os partidos de não se abrirem à sociedade civil e, agora, que temos um partido a convidar um independente, chovem críticas?!!!
E a coisa pode ser vista desta forma: um cidadão com responsabilidades políticas maiores que as de simples eleitor (ainda há meses foi candidato à Presidência da República), que há semanas disse que não aceitava o convite de nenhum partido, aceitou?!!!
O caso Fernando Nobre daria para passar uma bela semana de discussão acalorada como a de dois compadres jogando cartas numa soalheira aldeia da costa alentejana. Daria, condicional. Mas é melhor não dar. Não leram as notícias? Aqueles compadres, aquela aldeia e o País inteiro estão falidos. Ora quem não tem dinheiro não deve ter o vício de estéreis discussões acaloradas. Não percamos tempo a glorificar a abertura de espírito, se é que há um, do convite. Nem a insultar o oportunismo, se é que há um, no aceitar do convite...
Chega hoje a Lisboa o FMI, porque se considerou inevitável e imprescindível que chegasse, e esse FMI vai ter de esperar várias semanas até ter um interlocutor com quem possa, mesmo, decidir. Essa, sim, uma discussão útil: como é possível a vida política de um país ter o ritmo de dois compadres jogando cartas numa soalheira aldeia da costa alentejana?
Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
Quem não sabe de jogos de cartas e disso faz gala, não deve ir a jogo.
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