Os maus lençóis do patrão do FMI
Por Ferreira Fernandes
ENTÃO, estava Dominique Strauss-Kahn (DSK) no avião para Paris, quando a polícia de Nova Iorque o foi prender. Horas antes, o patrão do FMI teria tentado violar uma empregada do hotel onde estava hospedado.
ENTÃO, estava Dominique Strauss-Kahn (DSK) no avião para Paris, quando a polícia de Nova Iorque o foi prender. Horas antes, o patrão do FMI teria tentado violar uma empregada do hotel onde estava hospedado.
O francês DSK é o político com melhores sondagens para as presidenciais francesas de 2012. O cargo de presidente francês é muito dado a uma sexualidade escandalosa (Mitterrand, Chirac...), sendo o exemplo mais conhecido o de Félix Faure, eleito em 1895 e morto, em 1899, durante funções que Bill Clinton também exerceria na Sala Oval. Faure tinha uma amante, Marguerite Steinheil, que o visitava no Palácio do Eliseu. Uma noite, aos gritos de Madame, o pessoal foi encontrá-la descomposta e ao presidente, morto. Chamado à pressa, o padre perguntou se ele ainda tinha "sa connaissance", perigosa formulação que, em francês, tanto podia ser Faure estar consciente ou com a sua conhecida, o que levou um funcionário a explicar: "Não, já a fizemos sair pela porta de serviço." Aqui chegados, vamos às comparações.
O que aconteceu com Faure já é facto histórico, mas, se pode ser comentado com ironia (os jornais da época e os inimigos políticos não se abstiveram), não permite qualquer acusação: o homem fazia o que lhe apetecia com uma mulher que fazia o que lhe apetecia. Com DSK a história é toda outra: 1) ainda não é facto, pode ser mentira, e 2) a ser verdade é o acto de um canalha.
«DN» de 16 Mai 11
«DN» de 16 Mai 11
Etiquetas: autor convidado, F.F
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