18.7.11

Memórias Fardadas (5) - A caserna

Por A. M. Galopim de Carvalho

NA NOSSA caserna, na Escola Prática de Artilharia, em Vendas Novas, durante aquele Outono/Inverno de 1953/54, ressonavam cerca de cento e vinte cadetes, entre licenciados e universitários apanhados a meio dos estudos (por diversas razões de sua responsabilidade) havia de tudo: engenheiros civis, electrotécnicos e agrónomos, arquitectos, matemáticos, biólogos e, até, um geólogo. Havia um camarada de Viseu que trocava os «zês» pelos «gês» e um outro, lá bem do Norte, que dizia «baca» em vez de vaca. Havia um Vasco, do Porto, pequeno como eu, de bigode negro de corvo, que comia todos os queLinkijos de Évora que lhe levasse, duros e perfumados, a tresandar a sal e a cardo. Despachava-os à dentada, de uma vez e sem pão, como quem come uma maçã, o que me escandalizava, habituado a ver nestas rodelinhas douradas um precioso conduto quase só para dar gosto ao pão. (...)

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